quinta-feira, 12 de julho de 2007

Inclusão digital avança no Acre

Na Região Norte, Acre supera em população com microcomputadores e acesso à internet.

Agência Amazônia

O Acre está na frente de alguns estados brasileiros em população com microcomputadores e acesso à internet, aponta relatório divulgado esta semana pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla). Segundo o documento, 8,8% da população possuíam micros e 5,4% tinham acesso à internet em 2005.

“A inclusão digital na capital e nas cidades do nosso estado vem ocorrendo a passos largos e a tendência, na próxima pesquisa, é de alcançarmos ainda melhores indicadores”, afirmou hoje o deputado Fernando Melo (PT-AC). Ele analisou a pesquisa da Ritla, denominada Lápis, borracha e teclado: tecnologia da informação na educação”, que vem sendo feita em todo o País desde 2001.

Na Região Norte, os números do Acre estão melhores que os do Amazonas (8,5% de micros e 4,6% de acesso à rede), Pará (7,2% e 3,6%), Rondônia (7,5% e 4,8%) e Tocantins (7,9% e 4,7%), respectivamente. Mas o estado também supera estados de outras regiões: Bahia (8,4% e 5,7%), Ceará (7,2% e 4,6%), Piauí (5,9% e 4,4%).

A expressividade acreana se deve à universalização do acesso, que está crescendo, de acordo com o deputado Fernando Melo. Outro fator favorável à aquisição de equipamentos de informática é a proximidade com áreas de livre comércio em países vizinhos.

A secretária estadual de Educação, Maria Correia, informou ao deputado que mais de 70% das escolas estaduais estão informatizadas. Melo destacou o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia no fortalecimento do livre exercício da cidadania, oferecendo às comunidades que vivem afastadas dos grandes centros oportunidades de educação e comunicação.

O Banco do Brasil contribui decisivamente para a universalização. De acordo com o gerente regional interino, Ronaldo Freitas, além do crédito direto ao consumidor, beneficiando o comércio, a indústria e toda a iniciativa privada, as agências incentivaram a compra de micros por professores, com juros de 3% anuais, dentro do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger), com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Segundo Freitas, o governo estadual desempenhou um grande papel social ao estimular escolas e professores. “Atualmente, cada professor tem um micro”, comentou.

O Distrito Federal, cujo poder aquisitivo sempre foi maior que o de outras regiões brasileiras, registra 37,2% da população detentora de micros e 29% com acesso à internet. O Estado de São Paulo está em segundo lugar na pesquisa, com 30% e 23,5%, respectivamente, seguido de Santa Catarina (27,9% e 20,9%), Rio de Janeiro (26,6% e 20,1%) e Paraná (24,2% e 18,2%).

A pesquisa revelou que 18,5% dos brasileiros possuem microcomputadores e 13,6% navegam na rede mundial de computadores a partir da própria casa. O pior índice de internautas, 1,7%, foi o do Maranhão.

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