segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Morte sem causa definida causa polêmica

A atuação dos médicos que atendem a população de Xapuri mais uma vez é colocada em cheque com o registro de mais uma morte em que pairam dúvidas sobre se houve ou não erro dos médicos quanto à tomada de uma decisão que parecia simples: transferir com rapidez um paciente do hospital de Xapuri para o PS de Rio Branco (Leia a matéria completa no Ac24horas.com).

Pedro Oliveira do Nascimento, o "Pedim", 42 anos de idade, peregrinou por três dias seguidos, de sua casa ao hospital local sentindo dormência nas pernas e dores supostamente musculares, foi medicado, radiografado, novamente medicado, teve alta por duas vezes, e findou finando-se dentro uma ambulância do SAMU a caminho de Rio Branco.

A causa morte de Pedro não foi definida e permanece sem uma explicação. A demora para sua transferência para Rio Branco, seguida da fatalidade, causa na família um sentimento de revolta por acreditarem que essa seria a única chance de sobrevivência para quem está em uma cidade onde os recursos médico-hospitalares não são os mais avançados.

Longe de querer julgar os profissionais que acredito piamente trabalharem para salvar vidas, e não o contrário, arrisco-me a dizer que pode ter havido um grave erro de avaliação do quadro do paciente. É muito improvável que uma pessoa que passa três dias apresentando determinados sintomas, morra por outro motivo, como suspeitam o médicos Mário Romero e Nilton Chaves.

Na ausência de estrutura que pudesse diagnosticar com mais eficácia o problema do paciente, seria de muito bom alvitre que o mesmo tivesse sido imediatamente transferido como exigia a família. Não se deve, porém, no calor da emoção e da dor da perda, fazer julgamentos precipitados.

Que o caso seja devidamente investigado, como prometeu a direção do hospital, que explicações sejam dadas no menor espaço de tempo possível e, acima de tudo, que o episódio, profundamente triste e lamentável, não seja reprisado no futuro.

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