sábado, 20 de outubro de 2007

O debate esquenta

O debate sobre a sucessão municipal esquenta no blog. Um anônimo postou o seguinte comentário no post anterior, assinado pelo professor Carlos Estevão Pereira Castelo:

"Meu nobre professor,

Tudo que você disse faz muito sentido, claro, mas reafirmo que a honestidade com a coisa pública é o que se espera de todo administrador público. Quanto ao tecnicamente despreparado, eu pergunto, e se for politicamente articulado? E se tiver votos o suficiente para ganhar do "Wandeco"? Precisará ele ser técnico por excelência? Será que não poderia se cercar de bons técnicos?

Agora me responda se no Acre de hoje existe algum prefeito com independência política!? A menos que Jorge Viana queira disputar essa eleição por Xapuri, penso que o candidato deverá ter, no mínimo, bom trânsito no governo.

Eu reafirmo que na nossa atual conjuntura o importante seja que o candidato tenha: honestidade, seriedade, articulação e trabalho; além de condições reais de disputar e ganhar a prefeitura. Também concordo que precisamos de visionários, mas de visionários com votos suficientes".

2 comentários:

xapuriense disse...

Caro anônimo,

É claro para mim que nenhum Prefeito precisaria ser necessariamente um “técnico por excelência”. Nem Governador precisaria, nem mesmo um Presidente (veja o caso do LULA). Aliais, eu não sou tecnicista, nem mesmo desenvolvimentista. Se vç observar meu texto verá que defendo um Prefeito com Visão de Futuro, isso não é técnica. Veja: persuasão, rede de contatos, incitativa, etc., eu falo disso no texto anterior, pois creio que o sucesso, em qualquer área da vida, depende mais do comportamento do que da técnica (quando montei meu 1º negócio já tinha Mestrado em Administração de Empresas – quebrei no 3º mês. Já meu pai, veio do seringal e sem técnica alguma alcançou relativo sucesso no mundo empresarial. Viu só: no meu caso toda técnica acumulada não foi suficiente).

Entretanto, especificamente no atual momento de Xapuri, sinto que uma condição essencial para o futuro Prefeito é o preparo formal. Se o Prefeito, mesmo sendo bem articulado, trabalhador, honesto como vç diz, não tiver conhecimentos mínimos de algumas ferramentas de gestão, por exemplo, saber como elaborar e defender um bom projeto em Brasília ou mesmo na SEPLANDS/AC, correrá um risco alto de insucesso. No mínimo ficará dependente de terceiros, é isso pode ser perigoso. É minha simples opinião.

Também é bom não contar muito que bons técnicos assessorarão, essas criaturas poderão não aparecer na hora H (por questões de mercado, é claro). E se aparecerem, o Prefeito deverá está preparado para não ser enganado por eles (sabiam que alguns enganam). Uma saída seria um técnico como vice, o que achas?

Bom trânsito no Governo é fundamental, mas observo que isso não quer dizer do mesmo partido do Governador. Lembras que o Júlio passou um grande período de seu mandato com um Presidente do mesmo partido e com um Governador também do PT. Pelo que me consta ele saiu da Prefeitura bastante criticado. O que faltou então? Parece-me, também, que ele tinha um pessoal técnico assessorando (inclusive pessoal importado da capital), mesmo assim os resultados não foram expressivos. Conclusão: o PT perdeu a Prefeitura para alguém que estava morto politicamente.

Sobre as condições reais de disputar a Prefeitura (ter votos suficientes), acho que é relativo, pois essas condições podem ser construídas no processo. Você afirmaria que o Wanderley, quando se lançou candidato tinha essas condições? A política, como afirma o filosofo de Plácido de Castro Luiz Pereira, “é sempre muito dinâmica”.

Finalizo concordando com você quando diz que para ser eleger qualquer visionário terá que ter votos. Mas não esqueça que isso pode ser conseqüência das atitudes do visionário.

Novamente: Não sou candidato a nada em Xapuri.

Carlos Estevão Ferreira Castelo

xapuriense disse...

Caro anônimo,

É claro para mim que nenhum Prefeito precisaria ser necessariamente um “técnico por excelência”. Nem Governador precisaria, nem mesmo um Presidente (veja o caso do LULA). Aliais, eu não sou tecnicista, nem mesmo desenvolvimentista. Se vç observar meu texto verá que defendo um Prefeito com Visão de Futuro, isso não é técnica. Veja: persuasão, rede de contatos, incitativa, etc., eu falo disso no texto anterior, pois creio que o sucesso, em qualquer área da vida, depende mais do comportamento do que da técnica (quando montei meu 1º negócio já tinha Mestrado em Administração de Empresas – quebrei no 3º mês. Já meu pai, veio do seringal e sem técnica alguma alcançou relativo sucesso no mundo empresarial. Viu só: no meu caso toda técnica acumulada não foi suficiente).

Entretanto, especificamente no atual momento de Xapuri, sinto que uma condição essencial para o futuro Prefeito é o preparo formal. Se o Prefeito, mesmo sendo bem articulado, trabalhador, honesto como vç diz, não tiver conhecimentos mínimos de algumas ferramentas de gestão, por exemplo, saber como elaborar e defender um bom projeto em Brasília ou mesmo na SEPLANDS/AC, correrá um risco alto de insucesso. No mínimo ficará dependente de terceiros, é isso pode ser perigoso. É minha simples opinião.

Também é bom não contar muito que bons técnicos assessorarão, essas criaturas poderão não aparecer na hora H (por questões de mercado, é claro). E se aparecerem, o Prefeito deverá está preparado para não ser enganado por eles (sabiam que alguns enganam). Uma saída seria um técnico como vice, o que achas?

Bom trânsito no Governo é fundamental, mas observo que isso não quer dizer do mesmo partido do Governador. Lembras que o Júlio passou um grande período de seu mandato com um Presidente do mesmo partido e com um Governador também do PT. Pelo que me consta ele saiu da Prefeitura bastante criticado. O que faltou então? Parece-me, também, que ele tinha um pessoal técnico assessorando (inclusive pessoal importado da capital), mesmo assim os resultados não foram expressivos. Conclusão: o PT perdeu a Prefeitura para alguém que estava morto politicamente.

Sobre as condições reais de disputar a Prefeitura (ter votos suficientes), acho que é relativo, pois essas condições podem ser construídas no processo. Você afirmaria que o Wanderley, quando se lançou candidato tinha essas condições? A política, como afirma o filosofo de Plácido de Castro Luiz Pereira, “é sempre muito dinâmica”.

Finalizo concordando com você quando diz que para ser eleger qualquer visionário terá que ter votos. Mas não esqueça que isso pode ser conseqüência das atitudes do visionário.

Novamente: Não sou candidato a nada em Xapuri.

Carlos Estevão Ferreira Castelo