domingo, 13 de janeiro de 2008

Acre dedica 2008 aos 20 anos da morte de Chico Mendes

Jornalistas contam como foram os últimos momentos da vida do líder seringueiro que defendeu a Amazônia com a própria vida

Val Sales

Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, se fosse vivo completaria 64 anos no dia 15 de dezembro. Ele morreu em uma tocaia aos 44 anos na tarde de 22 de dezembro de 1988. Sua história de luta pela organização dos seringueiros e preservação da floresta amazônica ficou conhecida por jovens e adultos do mundo inteiro.

Neste 2008 o Acre lembra os vinte anos da morte do homem que foi responsável pela mais eficaz militância ecológica já ocorrida no país, tornando-se símbolo da luta contra a devastação da floresta e conservação do modo de vida dos seus habitantes, fossem índios, seringueiros, ribeirinhos ou pescadores.

Mesmo depois de 20 anos, o brasileiro não fala em preservação do meio ambiente sem lembrar do nome de “Chico Mendes”. Os jovens da atual geração não o conheceram, mas aprenderam a admirá-lo e respeitá-lo como um herói. Muitos livros foram escritos sobre a sua luta e os momentos que antecederam sua morte.

Na obra “Terra: Sonho, Suor e Sangue”, escrita pelo jornalista, Cezar Negreiros, o também jornalista Francisco Dandão faz uma narrativa dos fatos e convida o leitor para uma viagem no tempo. Na forma de expressão do autor, quem lê passa a observar as últimas cenas da vida do líder e a ação covarde de seus algozes como se estivesse presente ao local.

“... Faltavam três dias para o Natal de 1988. Um sol de intenso rubor, com um brilho próprio de verão amazônico, recolhia os últimos raios de um outro entardecer. O palco era parecido com aquele das ações de anos atrás. Comerciantes voltavam os olhos para todas as direções, na esperança de fisgar algum cliente antes de encerrar as portas após mais um dia de nenhum movimento. Donas de casa submetiam-se a sua dose diária de hipnose, frente a uma novela global qualquer. Adolescentes pedalavam bicicletas indolentemente. Tudo como todo dia. Nada, mas nada mesmo, indicava que Xapuri estava tão próxima de sair do anonimato para virar o centro do mundo...”.

Leia a reportagem completa no jornal Página 20 deste domingo, 13/01.

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