terça-feira, 17 de junho de 2008

Altino Machado entrevista Adair Longuini

Altino Machado/Terra Magazine


A revista digital Terra Magazine destaca, nesta terça-feira, entrevista do jornalista acreano Altino Machado com o desembargador do Tribunal de Justiça do Acre, Adair José Longuini, que foi o juiz que presidiu, em 1990, o julgamento do fazendeiro Darly Alves e de seu filho Darci Alves Pereira, acusados pelo assassinato do líder sindical Chico Mendes.

Na entrevista, Adair Longuini relembra o processo penal que marcou sua carreira de magistrado e diz que a Polícia Federal ajudou Darly a fugir para não ser preso quando da ordem de cumprimento da carta precatória vinda do estado do Paraná. Segundo o juiz, naquela época, Xapuri vivia num ambiente de absoluta impunidade.

"Xapuri era o palco da impunidade. O delegado de polícia me disse que não tinha força para controlar nada, pois quem mandava na cidade era a família de Darly Alves da Silva. Além disso, o delegado era subordinado politicamente ao então prefeito Wanderley Viana, que é o prefeito atual da cidade. Se o delegado fizesse algo seria removido imediatamente. O prefeito estava do lado dos grandes, seguindo uma tradição brasileira".

Empossado no cargo de desembargador em dezembro do ano passado, Adair Longuini é professor de Direito Penal na Universidade Federal do Acre, proprietário de duas fazendas e dono de um rebanho de 1.100 cabeças de gado. Questionado sobre a compatibilidade do que Chico Mendes defendia com a sua atividade pecuária, responde:

"Há espaço para as duas coisas. Na questão ambiental todos nós já sabemos que não existe outro caminho: nós temos que preservar o Planeta, pois ele está se esvaindo".

"É errado criar boi? Não é errado. Nós temos que produzir soja, arroz, feijão. Vamos criar boi onde não é necessário derrubar o mato".

Leia a entrevista completa em Terra Magazine.

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