segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A saúde na UTI

A menos de dois meses do final do ano, caminha para o caos o atendimento de saúde em Xapuri. Nos postos está faltando de medicamentos da farmácia básica a material odontológico, e até o laboratório de análises clínicas da unidade central de saúde não está funcionando plenamente pela falta de equipamentos.

Apesar de o prefeito Vanderley Viana haver garantido aqui que a cidade não está abandonada, como reclama a população desde o resultado das últimas eleições, o sistema de saúde em Xapuri aparenta estar entregue à sua própria sorte. É o que denunciam dezenas de pessoas que procuram os postos de saúde do município em busca de atendimento básico e retornam sem receber a atenção de que necessitam.

“A situação é de calamidade. Nunca vi um abandono como esse na saúde em Xapuri. Está faltando a maior parte dos medicamentos fundamentais para o tratamentos de problemas do dia-a-dia da população, funcionários foram demitidos piorando a qualidade do atendimento e não há nenhum interesse da prefeitura em melhorar a situação”, diz um funcionário da área de saúde do município que pede para ficar no anonimato.

Nas quatro unidades do Programa Saúde da Família, localizados em bairros periféricos da cidade, os usuários dos serviços reclamam da falta crônica de medicamentos da farmácia básica. No posto de saúde central, o Félix Bestene Neto, a falta de um equipamento no laboratório de análises clínicas impede que sejam realizados exames para se verificar as taxas de colesterol e diabetes, entre outros.

Falta também material odontológico em todos os postos onde há este tipo de atendimento. “Há muita procura pelo dentista, mas o posto não tem material para fazer tratamento dentário”, afirma uma funcionária de uma das unidades do Programa Saúde da Família. O medo de represálias por parte da administração do prefeito Vanderley Viana faz com exista uma espécie de “lei do silêncio”. É difícil encontrar alguém que queira falar sobre os problemas existentes no sistema.

Não bastasse a situação precária da atenção em saúde, a população sofre também os efeitos da falta de coleta regular de lixo. É comum a ocorrência de grandes amontoados de resíduos de toda natureza em vários pontos da cidade, fazendo com que o mau-cheiro e as moscas tomem conta dos bairros. O problema se completa coma situação do Aterro Sanitário, que de modelo de projeto ecológico passou a mero lixão.

Outra surpresa negativa é quanto à vacinação anti-rábica, que já iniciou uma nova etapa de imunização de animais. O Setor de Vigilância Sanitária Municipal acaba de informar que não realizará a vacinação de domicílio em domicílio, como é costumeiro. A falta de estrutura e de funcionários obrigará que as pessoas que criam animais suscetíveis à raiva a levá-los ao posto de vacinação.

Com a palavra a secretária de saúde Simone Oliveira.

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