sexta-feira, 6 de março de 2009

Pare, olhe e viva

Foi sepultado no final da tarde desta quinta-feira chuvosa, no cemitério São José, o corpo de mais um jovem xapuriense que perde a vida em um acidente de motocicleta, veículo que possui o nefasto apelido de "desenteira família". Pedro Barbosa, conhecido pelo trabalho de lavagem de motos, perdeu a vida depois de bater com violência contra uma mangueira localizada na esquina do museu Casa Branca.

Informações de pessoas que estiveram com pedro na noite da quinta-feira dão conta de que ele bebia com amigos em alguns pontos da cidade. Ao se dirigir para sua casa, por volta das 00h30m, perdeu o controle da moto que conduzia e bateu contra a árvore de grande porte que fica no encontro das ruas 17 de novembro e Cel. Brandão. Chegou a receber atendimento médico com vida, mas não resistiu aos ferimentos.

Um acidente parecido com esse, há alguns anos, tirou a vida de um outro sujeito jovem, Roberto Nicácio, o "Cheira", um bom jogador de dominó, e condenou outro, Fabiano, jogador de futebol amador, filho da Olemar e do Nêgo da Braga, ambos com todo um futuro diferente pela frente. Acidentes lamentáveis que poderiam ter sido evitados com o simples uso da prudência e um pouco mais de amor pela própria vida.

Os acidentes de trânsito em Xapuri envolvendo motocicletas são comuns e - em minha opinião - merecem uma atenção especial por parte das autoridades responsáveis pela segurança no trânsito. É fato que a maioria dos registros não são tão graves, mas um bom número de pessoas - condutores, pedestres e ciclistas - dão entrada todos os meses no sistema público de saúde com fraturas decorrentes deste tipo de ocorrência.

Talvez uma campanha educativa mais intensa do que as simples "blitz's" que são realizadas eventualmente e um maior rigor na aplicação de multas pelas infrações no trânsito contribuam com a diminuição dos acidentes. Não é nenhuma novidade que condutores de motocicletas usuam e abusam do costume de pilotar alcoolizados e em alta velocidade cidade afora, principalmente nos finais de semana.

Lembrei-me de uma canção do cantor Benito di Paula que diz: "Pra quê tanto aviso 'não corra, não mate, não morra', pra quê? Se quando o mal acontece, ninguém sabe dizer por que". Chama-se: "Pare, olhe e viva" e tem uma mensagem que se fosse mais ouvida certamente menos mães chorariam a perda de filhos na violência do trânsito.

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