sábado, 10 de julho de 2010

Bicho na Escola

Fauna do Acre vira assunto de sala de aula

O Brasil é um dos países de maior biodiversidade do planeta. No entanto, boa parte da população desconhece a riqueza das florestas locais. Um estudo realizado em Rio Branco, capital do Acre, comprovou que somente 1,44% dos alunos de 3ª e 4ª séries apontaram corretamente as espécies de uma lista de dez mamíferos.

A pesquisa ouviu 969 crianças da rede pública de ensino entre 2006 e 2007. O resultado motivou a criação do projeto Bicho na Escola que vai receber, no próximo ano, pouco mais de R$ 162 mil do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD), órgão ligado ao Ministério da Justiça.

Hoje apoiado pela Universidade Federal do Acre e pelo Ministério Público do Estado, o Bicho na Escola já realizou palestras para mais de quatro mil alunos e participou da elaboração de cinco cartilhas sobre mamíferos do Acre. Pelo menos sete mil exemplares foram impressos e distribuídos em 2008.

O próximo passo do projeto é atingir toda a rede pública de Rio Branco, tanto zona rural quanto urbana. Caça e pesca predatórias, tráfico de animais silvestres e biopirataria também estão entre os assuntos que devem ser abordados entre as crianças no próximo ano.

Como funciona o FDD:

O dinheiro do fundo vem de multas aplicadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, além de condenações judiciais de ações relacionadas ao meio ambiente e outros direitos difusos. Em 2011 serão destinados R$ 9,85 milhões para um total de 59 projetos, escolhidos em meio a 800 propostas. O processo de seleção acontece sempre um ano antes.

“Foram 11 projetos federais, 12 estaduais, 15 municipais e 21 entidades civis. É bom lembrar que também fazemos um intenso trabalho de fiscalização e exigimos prestação de contas regulares sobre o andamento das propostas”, resume o secretário-executivo do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos, Nelson Campos.

Mais informações:

Ministério da Justiça – Assessoria de Comunicação Social.

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