quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

De volta ao “convívio social”

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Encontrei o fazendeiro Darly Alves, 76, caminhando pelas ruas de Xapuri na semana passada. Sua presença passa despercebida para a maioria das pessoas. Aguardava o ônibus em frente à Casa de Carnes Xapuri, na rua Cel. Brandão, para retornar à fazenda Paraná depois de fazer algumas compras na cidade.

Darly cumpre o restante de sua pena no regime aberto desde o dia 23 de outubro do ano passado. O pedido para que o fazendeiro fosse transferido para Xapuri foi feito em maio de 2010 ao juiz da Vara Criminal desta comarca, Anastácio Menezes, pela juíza da Vara de Execuções Penais, Maha Manasfi.

Cumprimentei-o e conversamos por cerca de 40 minutos. Falamos sobre a última vez em que havíamos nos encontrado. Foi em 2008, às vésperas da morte de Chico Mendes completar 20 anos. Naquela oportunidade, fui eu e o jornalista Altino Machado à fazenda Paraná para entrevistá-lo quando a mídia só focava o líder sindical morto.

O resultado daquela conversa você pode relembrar aqui e aqui. Da conversa mais recente, Darly pediu que não divulgasse nada, o que atenderei em parte. O fazendeiro que um dia foi um dos homens mais temidos do Acre voltou a manifestar a vontade de ver a história de sua vida escrita em livro.

Resta saber se alguém um dia manifestará interesse em contar uma das histórias mais conhecidas do planeta segundo a ótica de Darly Alves da Silva, o homem desgraçadamente responsável por grande parte das mudanças que o Acre sofreu nos últimos 20 anos. 

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