terça-feira, 14 de junho de 2011

Módulos Sanitários da Funasa

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Parece mesmo que as melhorias na área de saneamento básico realizadas em Xapuri com recursos da Fundação Nacional de Saúde foram executadas pelas empresas incumbidas de realizar os serviços com a finalidade de causar transtornos e prejuízos ou até mesmo danos mais graves àqueles que deveriam ser os felizes beneficiários dos investimentos custeados com dinheiro público.

Primeiro, como você pode relembrar clicando aqui, estão as obras de construção de três mil e duzentos metros de rede de esgotamento sanitário para atender cerca de duzentos e cinquenta domicílios no centro de Xapuri, que foram por águas abaixo depois que a empresa contratada para realizar os serviços não deu conta de concluí-los. Bem executada, a obra seria uma das mais importantes da história do município.

No entanto, no subsolo de parte da área central de Xapuri estão centenas de metros de tubos de PVC, responsáveis por levar, literalmente, quase R$ 400 mil para o esgoto depois que a Funasa determinou que os serviços fossem paralisados por não estarem atendendo aos critérios técnicos exigidos. Dos R$ 500 mil destinados pelo Ministério da Saúde para a obra, R$ 400 mil já haviam sido liberados, de acordo com o Portal da Transparência dos Recursos Públicos da Controladoria Geral da União.

Agora são os Módulos Sanitários Domiciliares, construídos no ano passado para atender a quase uma centena de moradores do bairro Sibéria, que vêm demonstrar como uma gama de empresas desqualificadas têm ganhado licitações do governo para executar obras desastrosas que mais do que apresentar problemas futuros podem colocar em risco a vida das pessoas que deveriam estar sendo beneficiadas pelo governo.

Foi o que aconteceu com dona Juliana Brito de Lima, de 70 anos de idade (foto abaixo), que por muito pouco não foi atingida pela caixa d’água instalada sobre o módulo sanitário instalado em sua residência. Ela lavava roupas no lavabo quando a estrutura de madeira que sustentava a caixa desabou para dentro do banheiro. A caixa ficou entalada a alguns metros do vaso sanitário, enquanto as peças de madeira caíram no chão.

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Alguns moradores que tiveram os módulos instalados em suas casas estão evitando encher as caixas d’água temendo um incidente semelhante ao que aconteceu na casa de dona Juliana, que pelas imagens a seguir aparenta ter sido ocasionado por um problema estrutural, na observação leiga deste blogueiro. Perceba na parte circulada abaixo que há uma espécie de rachadura onde deveria estar afixada uma das peça de sustentação do reservatório.

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Na imagem abaixo, nota-se que as peças de madeira não estão podres, o que poderia ser a razão do problema caso elas estivessem deterioradas em virtude do vazamento de água proveniente da caixa, que também são dotadas de boia, um mecanismo que evita o derramamento quando o reservatório atinge o seu limite de capacidade. Clique nas imagens para vê-las ampliadas.

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O propósito desta postagem é chamar a atenção das autoridades responsáveis pelo projeto para a gravidade do problema, no sentido de que uma vistoria urgente seja realizada nas diversas unidades dos módulos os sanitários domiciliares instalados no bairro Sibéria e também em outros locais do município.

O gerente do Depasa em Xapuri, antigo DEAS, José Augusto Mirim, informa que fotografou as unidades com problemas e encaminhou as imagens para que fossem repassadas a uma das empresas responsáveis pela execução das obras. Outra informação é que o blog não conseguiu identificar as três empresas responsáveis pelos serviços no bairro Sibéria, assim também como não averiguou se todas as unidades ali construídas apresentam algum tipo de problema.

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