segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mulheres Mil

O IFAC/Campus Xapuri realizou entre os dias 19 e 21 de outubro a divulgação do Programa Mulheres Mil à comunidade do município. O programa visa atender 100 mulheres em vulnerabilidade social promovendo a elevação da escolaridade e da renda das beneficiadas.

Leia aqui.

Rio Branco vence o Prêmio Eco-Cidade 2011

Programa desenvolvido pela capital do Acre tem como objetivo tratar e dar destinação adequada aos resíduos sólidos de maneira integrada

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A ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais anuncia o vencedor da edição 2011 do Prêmio Eco-Cidade. Trata-se de Rio Branco, capital do estado do Acre, com o projeto “Unidade de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos de Rio Branco: compromisso com o futuro”. Em segundo e terceiro lugares ficaram as cidades de Tibagi (PR), com o “Recicla Tibagi”, e Marabá (PA), com o “Cidade Limpa Vale Saúde”.

Administrado atualmente pelo prefeito Raimundo Angelim Vasconcelos, o município de Rio Branco foi responsável pela bem-sucedida implantação de uma unidade de tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos (UTRE), que atualmente processa cerca de 200 toneladas de resíduos sólidos por dia.

Antes da construção da UTRE, que absorveu investimentos da ordem de R$ 12 milhões, o lixo produzido em Rio Branco era encaminhado para um lixão, que funcionou na cidade por 20 anos e foi encerrado em outubro de 2009, quando o novo aterro sanitário entrou em operação.

A UTRE conta ainda com unidades de triagem de recicláveis, que é operada por uma cooperativa de catadores, de reciclagem de resíduos da construção civil, de tratamento de resíduos de serviços de saúde, de triagem de resíduos regulares e de trituração de recicláveis, além de centrais de compostagem e de recebimento de pneus, sendo que esta já arrecadou mais de 400 toneladas.

O gerenciamento da UTRE é feito em conjunto pelas Secretarias Municipais de Serviços Urbanos, de Meio Ambiente, de Agricultura e Floresta e a Coordenadoria Municipal do Trabalho e Economia Solidária. A Prefeitura de Rio Branco firmou também parceria com o Governo do Estado do Acre e com a iniciativa privada para instalar uma fábrica de reciclagem de resíduos plásticos, que fabrica produtos como telhas, conduítes e mangueiras e os vende a preços 40% menores que os praticados pelo mercado.

“Esse programa está alinhado com o que preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos, ou seja, a conjunção de ações aliadas à implementação da hierarquia na gestão, que contempla redução na geração, coleta seletiva, triagem, reciclagem e tratamento adequado dos resíduos. o exemplo de rio branco demonstra que é possível regularizar a destinação de resíduos no prazo da política nacional e deve servir de inspiração para outros municípios do País”, declara o diretor executivo da ABRELPE, Carlos Silva Filho, ao destacar que o objetivo do Prêmio Eco-Cidade é justamente reconhecer o trabalho de Prefeituras cujas políticas públicas para a preservação do meio ambiente estejam alinhadas com os princípios de sustentabilidade e de excelência na gestão de resíduos sólidos.

Concorreram ao Prêmio Eco-Cidade 2011 projetos de todas as regiões do país, o que demonstra um amadurecimento dos administradores municipais para as questões relacionadas aos resíduos sólidos. A solenidade de entrega será realizada no dia 5 de dezembro, em São Paulo, quando o vencedor receberá o troféu Eco-Cidade e o segundo e terceiro colocados, o certificado de destaque na gestão de resíduos.

Fonte: Abrelpe.

Já somos 7 bilhões

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A filipina Danica May Camacho, nascida neste domingo, dois minutos antes da meia-noite, é o ser humano que simboliza a entrada da população mundial na casa de 7 bilhões de pessoas. Ler.

domingo, 30 de outubro de 2011

Do Ac24horas

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Segundo o site, Ilzamar Gadelha foi acionada judicialmente pelo advogado criminalista Jair Medeiros, que cobra uma dívida de R$ 250 mil de honorários advocatícios. Medeiros briga nos tribunais para tentar reaver parte de uma indenização já recebida pela viúva, a quem acusa de ter feito um acordo com a Procuradoria Geral do Estado para se beneficiar e beneficiar os filhos. Veja.

sábado, 29 de outubro de 2011

Carta de Foz do Iguaçu

Altino Machado

O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.

Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:

- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;

- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;

- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.

- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.

- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA  no seu processo de bloqueio à Cuba.

Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.

Altino Machado é jornalista.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Reflorestamento

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Acadêmicos do curso de gestão ambiental do IFAC campus de Xapuri e da UNOPAR de Brasiléia fazem reflorestamento na margem esquerda do Rio Acre, mais especificamente no porto da catraia, onde é feita a travessia entre o centro de Xapuri e o bairro da Sibéria. A informação é do blog Xapuri em Destaque, assinado por Haroldo Sarkis.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Perenização do tráfego da BR-364

Romerito Aquino

Esta sexta-feira, 28 de outubro de 2011, será um dia histórico para o Estado do Acre. Pela manhã, antes de sair em mais uma caravana rumo à Cruzeiro do Sul, o governador Tião Viana anuncia à imprensa acreana a perenização do tráfego da BR-364.

O anúncio do governador, que estará acompanhado de políticos das bancadas federal e estadual que lhe dão sustentação política, significa que nunca mais a chamada rodovia da integração do povo acreano vai fechar durante o inverno.

Na viagem, num trecho entre Manuel Urbano e Feijó, o governador vai participar do trabalho de imprimação dos últimos 100 metros das poucas dezenas de quilômetros que faltam para serem asfaltados na principal rodovia acreana.

“É o fim da espera de 43 anos para termos a estrada sem fechar durante o inverno”, disse ontem Tião Viana, que garante a conclusão da pavimentação da rodovia no decorrer do verão do próximo ano.

Além da rodovia, a agenda do governador nessa nova caravana rumo ao Juruá está lotada de ações que visam ampliar a geração de renda e empregos e, por consequência, a qualidade de vida das populações dos municípios situados ao longo da estrada.

São ações como aumento da produção de café e entrega de equipamentos de pequenos negócios em Manuel Urbano e o plantio das primeiras das centenas de milhares de mudas de açaí que estão sendo cultivadas no meio rural de Feijó.

Além disso, o governador e sua equipe entregam títulos de imóveis de moradores de Tarauacá e inauguram o departamento de fisioterapia do hospital do Juruá.

Completa a agenda do governador a entrega de equipamentos de pequenos negócios e de ruas do povo em Cruzeiro do Sul e em Rodrigues Alves, além do início de pavimentação de ruas em Mâncio Lima.

“Minha gente…”

Luiz Mendes

Morreu na manhã desta quinta-feira, aos 87 anos, no Rio de Janeiro, o radialista Luiz Mendes, conhecido como o “Comentarista da Palavra Fácil”. Um dos maiores nomes do rádio esportivo brasileiro, esteve em nada menos que 16 copas e foi o narrador do desastre brasileiro de 1950, no Maracanã, diante do Uruguai.

Sobre a tragédia brasileira, disse: “Foi a primeira vez que se pôde ouvir o silêncio”.

Passei a adolescência ouvindo em um velho rádio de pilhas sintonizado na Rádio Globo do Rio o famoso bordão “Minha gente…”, ao qual se seguiam comentários altamente lúcidos e abalizados numa fala mansa e objetiva que cultivou uma legião de fãs em todo o Brasil. O futebol fica mais triste sem Luiz Mendes, o comentarista da palavra fácil.

Leia mais.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Carlos Estevão no ‘Papo Xapuriense’

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Quando de sua adolescência em Xapuri, Carlos Estevão Ferreira Castelo era chamado carinhosamente pelos amigos de ‘Baratinha’. Filho do casal Estevão e Aurélia Castelo, tentou ser músico, fez parte de um grupo chamado Impacto 3, mas foi fazer sucesso mesmo como professor universitário na área de Economia, apesar, é claro, de manter o apego pelo violão, como bem mostra a imagem captada no blog do Maxsuel Maia, que o entrevistou na semana passada.

Clique aqui para ler o Papo Xapuriense do mês.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tião Viana entrega mais 7 ruas em Xapuri

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Morador da Rua Cândido Pereira Castelo, em Xapuri, o popular Raimundo Criança agradeceu pessoalmente ao governador Tião Viana pelo resultado do programa Ruas do Povo no seu bairro, o Raimundo Hermínio de Melo. “Não acreditava que ia sair”, disse ele.

Tião Viana percorreu algumas ruas beneficiadas pelo programa na manhã desta segunda-feira (24)simbolizando a entrega à população do município de mais 7 ruas pavimentadas em tijolos. De acordo com ele até setembro do ano que vem todas as ruas de Xapuri estarão pavimentadas.

O prefeito Bira Vasconcelos também agradeceu efusivamente ao governador do Acre pelo grande investimento feito em Xapuri. “Nossa cidade está vivendo um momento especial, de profunda transformação e mudança na qualidade de vida dos moradores, e nós temos que agradecer muito a esse grande governador”, afirmou.

Com as ruas entregues hoje, Xapuri já tem quase a metade das ruas previstas para serem pavimentadas este ano concluídas. As obras modificaram a paisagem dos bairros contemplados, pois grande parte das ruas nem existiam de fato. “Eram apenas caminhos”, como afirmou Raimundinha Castelo, uma das moradoras do bairro Hermínio de Melo.

O governador, que bebeu café no copo de um dos trabalhadores das obras e comeu bolo feito especialmente para agradecer pelas ruas, afirmou que seu compromisso com Xapuri sempre foi muito forte. “Esta cidade merece apenas que façamos o melhor por esse povo”, disse ele antes de embarcar para o Assentamento Tupá, onde teve encontro com aquela comunidade. 

Leia na Agência de Notícias do Acre a reportagem de Tatiana Campos que, coincidentemente, levou o mesmo título deste post.

Ruas do Povo

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Abuso sexual pode estar também na escola

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Agência de Notícias - MP/AC

Alunos do Colégio de Aplicação (Rio Branco) são orientados a identificar professores abusadores pela presidente estadual do Conselho Estadual da Criança e Adolescente, que trabalha com casos de abuso sexual nas escolas. Os estudantes foram orientados a diferenciar a atenção desinteressada da manipulação, sendo instadas a denunciar através do Disk-100, que aceita denuncia anônima forca a investigação imediata dos casos.

Uma criança é abusada a cada 5 minutos no Brasil. Muitos casos são registrados também nas escolas. Por isso o foco da palestra no Colégio de Aplicação foi a identificação de abusadores no âmbito escolar. “Um professor ou funcionário de escola pode usar da autoridade para abusar da criança, por isso e necessário ficar atento e aprender a distinguir o tratamento gentil do mal intencionado. Professor não pode pedir foto de estudante sem ou com pouca roupa, pegar alunos no colo, nem passar a mão”, orientou  a psicóloga e presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, Inês Jahlul.

Jahlul que a partir de agora integrara o programa de combate a pedofilia e exploração sexual desenvolvido pela deputada federal Perpetua Almeida e pelo Ministério Publico do Estado do Acre, através da Promotoria da Criança e do Adolescente. As palestras semanais, com distribuição da cartilha contra o abuso sexual de meninas e meninos, tem por objetivo prevenir os casos e ajudar a identificar os já existentes.

“Em toda a escola onde a gente passa encontra casos de abusos.Em uma delas, as professoras perceberam que duas irmãs, uma de 9 anos outra de 10 tinham um comportamento esquivo e notas baixas. Depois de varias tentativas, conseguiram obter delas a confissão que quando a mãe saia para trabalhar, o padrasto abusava delas. A mãe foi chamada e em vez de denunciar o abusador tirou as meninas da escola. E isso que a gente quer evitar com esse programa. Queremos os abusadores na cadeia e nossas crianças livres, não o contrario”, desabafou Perpetua.

Outra preocupação manifestada pela presidente do Conselho Tutelar, Liberdade Leão, é com o alto índice de exploração sexual de adolescentes praticada nas vizinhanças do terminal urbano, onde existem uns fossos usados para a pratica de relações sexuais com adolescentes. “Essa situação e gravíssima e o ponto de encontro e o terminal urbano. Temos conhecimento que alguns adolescentes deixam de ir para a escola para ter encontros sexuais, gerenciados por adultos. Algumas ate são deixadas na porta da escola pelos pais e em vez de assistir as aulas fogem para o terminal. A situação e degradante. Nas proximidades do terminal, na barranca do rio, existem uns buracos cavados na terra, que são usados para encontros sexuais de bêbados e drogados que perambulam pelo terminal”, destacou a presidente.

O promotor Almir Branco do MPE, enfatizou a necessidade de atenção principalmente em relação a com quem se relacionam na internet. A rede e utilizada por uma quadrilha de trafico humano para fins sexuais, contra a qual a Promotoria da Justiça e Infância luta, “Recentemente conseguimos chegar a uma localidade dentro do Peru, onde 30 adolescentes estrangeiras (não peruanas), estavam sendo mantidas em cativeiro, obrigadas a se prostituírem. A organização criminosa tem vários braços e tenta alcançar os adolescentes e pré-adolescentes, usando principalmente as salas de bate-papo, as redes sociais para ganhar a confiança dos jovens e depois sequestrarem. Por isso peco aos jovens que tomem cuidado e aos pais para que monitorem os passos de seus filhos. Nossas palestras não são para assustar, mas para garantir uma vida saudável para os jovens e crianças e, claro pedir ajuda para que nos ajudem a colocar os criminosos na cadeia, que e o lugar deles”, explicou o promotor.

domingo, 23 de outubro de 2011

Tião Viana virá a Xapuri nesta segunda

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O governador chegará por volta das 10 horas da manhã para entregar mais 7 ruas pavimentadas à população. Conversei por telefone hoje pela manhã o diretor do Depasa, Gildo César, que esteve na cidade neste domingo mobilizando a visita governamental. Segundo ele, Tião Viana quer pavimentar todas as ruas de Xapuri até setembro do ano que vem. Amanhã postarei imagens da mudança que o Programa Ruas do Povo está promovendo na paisagem de Xapuri.

sábado, 22 de outubro de 2011

Recomposição Moral

Blogueiro Joscíres Ângelo é condenado à retratação pública e pagamento de R$ 1,5 mil a título de reparação por danos morais causados ao autor do blog Xapuri Agora.

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A despeito de ser um campo para o qual ainda não exista legislação específica, a internet está longe de se constituir em espaço onde os usuários estejam totalmente fora do alcance da batida do martelo de um juiz togado. O blogueiro Joscíres de Oliveira Ângelo acaba de se tornar um exemplo claro de que na rede mundial de computadores é preciso se ter muito cuidado quando o conteúdo dos debates e opiniões emitidas descambam para o lado pessoal da vida dos envolvidos.

Há tempos, eu e meu colega blogueiro discordamos e emitimos pontos de vistas totalmente contrários a respeito de variados assuntos da vida paroquiana, coisa normal e extremamente salutar para o estado democrático de direito no qual acreditamos conviver. Ocorre que em determinado momento, aborrecido com uma simples brincadeira relacionada a um erro de digitação, coisa tão comum na blogosfera, Joscíres perdeu as estribeiras, reagiu desproporcionalmente e me fez ofensas morais injustas e inaceitáveis.

Ação judicial foi movida com o único objetivo de ressarcimento do prejuízo moral, o que foi obtido através de condenação do blogueiro Joscíres ao pagamento do valor de R$ 1,5 (um mil e quinhentos reais) a título de reparação pelo dano causado, assim como à obrigação de fazer retratação pública através do mesmo veículo, o blog Xapuri News, o que ocorreu na manhã deste sábado (22), apesar de logo em seguida à publicação da nota o blogueiro ter usado da artimanha de postar vários textos via o famoso comando copia e cola fazendo com que sua retratação baixasse rapidamente na barra de rolagem e ficasse fora da, digamos, página principal do blog. 

Não tem problema. O importante é que a retratação foi feita e que as ofensas e acusações foram reconhecidas, mesmo que por força de sentença, como injustas e inverídicas. Quanto ao pagamento do valor da indenização estabelecido na sentença, lembrando que o reclamado ainda pode recorrer da decisão do juiz Luiz Gustavo Alcalde Pinto, caso venha a ser consignado, será transformado em sacolões a serem distribuídos à famílias carentes deste município.

Clique aqui para ler a Retração Pública do blogueiro Joscíres.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Xapuri fotografada: fragmentos e memórias

Sérgio Roberto Gomes de Souza

De acordo com Michael Löwy “as fotografias não podem substituir a historiografia, mas elas captam o que nenhum outro texto escrito pode transmitir: certos rostos, certos gestos, certas situações, certos movimentos.” [1]

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Procissão de São Sebastião na década de 70

Acervo: Prefeitura de Xapuri

Acervo Digital: Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural – FEM

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Padre Felipe Galeranni

Data: década de 1930

Local: Xapuri - AC

Acervo Digital: Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural – FEM

Porém, não sejamos tolos, o que percebemos com as fotografias não é um conhecimento total do passado, mas apenas a “configuração espacial de um instante”.

É importante ressaltar, que o fotografo, ao registrar a imagem, ele faz opções. Enquadra através de sua lente os atores sociais que deseja ressaltar, prioriza gestos e escolhe certos ângulos que, claramente, insere e exclui personagens na sua narrativa. Citando Cornélia Dilg:

"Nenhuma foto é produzida sem intenção. Eu escolho o objeto, decido o instante da tomada, determino a forma estética e completo as fotos com uma legenda (um texto)”[2]

A imagem tornou-se uma importante fonte para o historiador. Através dela, é possível perceber fragmentos de muitas memórias, dar voz a quem foi silenciado, perceber minúcias de um determinado período.

As imagens têm uma enorme capacidade de comunicar. Elas falam, conversam e contam como os espaços, os sujeitos sociais passam por processos contínuos de transformação.

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Colégio Divina providência

Data: década de 1920

Local: Xapuri - AC

Acervo Digital: Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural – FEM

Mas, tal qual o fotógrafo, o historiador, ao escolher as fotografias com as quais vai desenvolver um diálogo, expressa toda sua experiência social na escolha, não escolhe de forma alhures.

No caso específico de Xapuri, selecionei imagens que se relacionavam com espaços e sujeitos e movimentos/ações que tiveram importantes representações no decorrer da minha formação: a devoção da cidade a São Sebastião expressa em ritos de fé que envolvem e inebriam ricos e pobres, visível em promessas pagas e graças alcançadas; Padre Felipe Galerani, religioso que chegou em Xapuri na década de 1920 e passou a ter a imagem extremamente vinculada ao ensino; a construção do Colégio Divina providência, espaço “elitizado” onde, mesmo após se tornar uma escola pública, continuava a ser uma referência para a “aristocracia tupiniquim” local e onde tive o primeiro contato com as letras.

Outras imagens foram selecionadas em uma perspectiva diferenciada. Foram memórias bem mais mundanas. A Praça Getúlio Vargas constitui-se em uma importante referência para a população de Xapuri, local de retretas, conversas fiadas e os primeiros olhares, cheios, repletos de insinuação para as mocinhas da cidade. Local onde amantes encerravam a noite e olhares curiosos os procuravam. Sim, em Xapuri havia voyeurs.

O Ponto Chic, como local de festas e boemia, vem de a muito tempo. Entre mesas de bilhar, doses de aguardentes e cerveja gelada, falava-se das mais diversas trivialidades, inclusive da vida alheia era a referência da felicidade.

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Vista da Praça Getúlio Vargas; Data: 1943; Local: Xapuri – AC

Acervo: Hélio César Koury

Acervo Digital: Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural – FEM

Já o Hospital Epaminondas Jácome, remete-me À utopia modernista do governador Hugo Carneiro – governador do Acre entre 1927 e 1930 – que o inaugurou na década de 1920, mais precisamente em 1928, como uma referência das políticas “civilizatórias” que dizia estar implementando no Acre. Dedico-me a esse período, enquanto profissional de história a alguns anos, daí mais essa escolha.

Obviamente não intento com esse texto e as fotografias selecionadas contar a história de Xapuri, nem mesmo recorrer ao passado em uma perspectiva saudosista, fato para o qual demonstro certa aversão.

A perspectiva é outra, é dialogar com as imagens de um passado que reacende minha memória no presente. Citando Marc Auge:

As fotos [...] colocam a História no presente, restituindo-lhe a espessura, a contingência, a imprevisibilidade. O indivíduo, o acontecimento, a anedota ocupam todo o seu espaço e isso não significa que a História não tenha sua importância: uma das tarefas do historiador, se deseja compreender uma época, é precisamente imaginar o presente dela, fazer o inventário de suas possibilidades, escapar da ilusão retrospectiva.[3]

Ao ter acesso ao acervo com uma generosa quantidade de imagens da cidade e personagens de Xapuri, percebi a dificuldade de se dialogar com a fotografia sem a orientação de uma legenda eficaz. Walter Benjamin já ressaltava a importância do texto em uma foto ao caracterizá-lo como o “pavio que aproxima as faíscas críticas da massa de imagens”[4].

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Interior do Bar Ponto Chic, local de encontro da sociedade xapuriense

Data: década de 1940

Local: Xapuri – AC

Acervo: Museu da Borracha

Acervo Digital: Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural – FEM

Os textos, então, cumprem papel fundamental para dialogarmos com as imagens. A construção do texto requer muita ética, pois qualquer alteração na escrita pode modificar o significado de uma fotografia.

Esse vasto patrimônio de imagens foi desenvolvido, com muito esforço e ética, por pesquisadores ligados a Fundação Elias Mansour. Estão disponíveis. Venho matutando a certo tempo – desde que mantive com as fotografias o primeiro contato - se não valeria a pena montar uma exposição no município de Xapuri. Não que isso reconstruísse a história do município, mas que certamente iria fazer vir à tona uma multiplicidade de memórias. É só por isso, já valeria a pena.

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Hospital Epaminondas Jácome, situado a rua 6 de agosto

Data: década de 1920

Local: Xapuri – AC

Acervo: patrimônio Histórico e Cultural – FEM

Acervo Digital: Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural – FEM

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Populares em frente a Casa Branca, Hotel inaugurado na década de 1910, de propriedade do português Joaquim Ferreira, conhecido como “periquito”

Data: década de 1930

Local: Xapuri – AC

Acervo: patrimônio Histórico e Cultural - FEM

Acervo Digital: Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural – FEM


[1] Löwy, Michael. A revolução fotografada. Boitempo, São Paulo, 2009.

[2] Cordelia Dilg, Nicarágua, Bilder der Revolution (Colônia, Pahl-Rugenstein, 1987), p. 2. Ela acrescenta a seguinte explicação, nada insignificante: "Essas legendas podem mudar o significado da fotografia e são, portanto, uma parte da informação".

[3] Marc Auge, Paris, années 30 (Roger-Viollet) (Paris, Hazan, 1996), p. 10. Ver também p. 11: “A força da fotografia instantânea se sustenta também no fato de propor ao nosso olhar cenas que não são mostradas pelos historiadores [...]: não somente as atitudes, as expressões fugidias em que se podem ler a alegria, o medo, a dúvida de um ator dessa história que se está construindo, mas também, e ainda mais, os gestos, os movimentos, a energia ou a perplexidade de todos aqueles por meio dos quais ela se constrói [...]".

[4] Walter Benjamin, Pariser Brief (2): Malerei und Photographie (1936) (Frankfurt, Suhrkamp Verlag, 1980, Gesammelte Schriften), p. 505. [Ed. port.: "Cartas a Paris (2): pintura e fotografia", em A modernidade, Lisboa, Assírio & Alvim, 2007.]

Sérgio Roberto é xapuriense, professor da Ufac, doutorando pela USP.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Código Florestal

Manoel Moraes participa de reunião com Presidentes dos Legislativos estaduais sobre o Código Florestal  no Senado

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Gina Menezes, da Assessoria do deputado

Hoje pela manhã o deputado Manoel Moraes (PSB), presidente da Comissão de Legislação agrária, Fomento, Agropecuária, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) falou por cerca de 8 minutos no senado federal no debate sobre a reforma do código florestal. A audiência está sendo realizada de forma conjunta pelas comissões de Agricultura (CRA), Ciência e Tecnologia (CCT) e Meio Ambiente (CMA) e contou com a presença dos Presidentes de Assembleias Legislativas estaduais, que compõem a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

Durante a sua fala Manoel levantou pontos cruciais que segundo a sua visão merecem ser mais bem debatidos. Para o deputado socialista é importante que se leve em conta a regionalização da questão já que cada região tem pontos que merecem ser considerados. “É importante debater e tentar resolver os” problemas “ do texto aprovado pela câmera e que afeta o setor agrícola e ambiental”, declarou.

Moraes levantou também a questão sobre as Áreas de Proteção Permanente (APP) que não pode reduzir a preservação, tão pouco prejudicar os moradores da floresta. “Em alguns Estados, exemplo do nosso, o Acre, há de se pensar algo que não fira a constituição, não ponha nossas florestas em risco e que tão pouco deixe as pessoas no prejuízo”, declarou.

Ainda falando em garantir os direitos do homem, no caso os produtores rurais, Moraes defendeu um texto que contemple tanto o meio ambiente quanto quem habita as florestas. “Sou funcionário do IBAMA há anos e conheço essa realidade. A verdade é que essa legislação veio sofrendo alterações feitas levianamente até que chegarmos ao decreto 6514, que é uma medida muito rígida e que inviabiliza o produtor rural. Creio que precisamos de um código que seja modelo e que respeite o homem do campo”, declarou.

O requerimento propondo o debate é de autoria dos senadores Gim Argello (PTB-DF), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Acir Gurgacz (PDT-RO).

“Bota pra quebrar e vira cambalhota”

Via blog do Altino.

Dia Internacional da Animação

Rio Branco, Xapuri e Bujari participam do projeto que exibirá a mostra de curtas-metragens nacionais e internacionais.

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Rose Farias (Assessoria FEM)

Realizado nacionalmente pelas Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), o Dia Internacional da Animação, 28 de outubro, em sua oitava edição no Brasil acontece em várias cidades e todos os estados do país. O evento simultâneo é o maior no gênero e conta com grande apoio e participação do público, imprensa e profissionais da área. No Acre, as cidades de Rio Branco, Bujari e Xapuri recebem a mostra. Em Rio Branco a sessão acontece no Cine Recreio, no Bujari na Praça Central, e em Xapuri no Museu do Xapury, com sessões às 19h30. A mostra conta com o apoio do governo do Estado, através da Fundação de Cultura Elias Mansour.Rio Branco recebe a mostra pela quarto ano. Nos anos anteriores o evento exibiu curtas de animação local, produções feitas por Italo Rocha e Marcelo Zuza, que logo após fizeram um bate-papo com a plateia, contextualizando as dificuldades de se produzir o cinema de animação no Acre. Mais uma vez os realizadores locais estarão exibindo seus filmes com o objetivo de valorizar a produção local. Além disso, a mostra em Rio Branco terá pela primeira vez a parceria do Cineclube Opiniões.

"Sendo justamente os cineclubes espaços ideais para apreciar e discutir as diversas produções cinematográficas é que não poderíamos deixar de abraçar mais uma edição do Dia Internacional da Animação, até mesmo para desmistificar essa ideia de que filmes de animação são somente para crianças. Engana-se quem pensa assim, principalmente hoje que as animações são feitas também para os adultos, com histórias cheias de reflexões e construídas de maneira inteligentíssimas, mostrando uma gama imensa de trabalhos interessantes e originais. Afinal, filmes foram feitos para serem vistos, principalmente as animações", comenta Ádamo Gabriel, um dos articuladores do Opiniões.

Xapuri receberá a mostra oficial, com uma vasta programação cultural, envolvendo artistas de diferentes manifestações culturais, promovendo uma verdadeira interação com o público formado estudantes, professores, gestores culturais, representantes de entidades e autoridades.

Sucesso de público, segundo o coordenador local, Clenes Guerreiro, "o evento é um grande marco contemporâneo, que se utiliza da arte da animação para ligar pessoas em todo o Brasil, independente de sua localização geográfica".

Com o apoio da Associação Internacional do Filme de Animação (Asifa), além das exibições da mostra oficial, acontecerão várias atividades nas cidades participantes nos dias que antecedem o evento, como mostras infantis, internacionais, mostra para deficientes auditivos, mostra para deficientes visuais e também oficinas, debates, palestras e exposições.

"Para nós da coordenação nacional do evento, o Dia Internacional da Animação (DIA) é a oportunidade de conseguirmos unir o Brasil de ponta a ponta, sem fronteiras, o que muito nos comove e nos honra. Participam desde cidades com menos de três mil habitantes, até cidades com milhões de habitantes. Todas recebem as mesmas mostras e fazem uma programação muito especial. A produção do DIA é uma grande família, são milhares de pessoas em todo o país, trabalhando para que o evento aconteça. E na nossa opinião esta é a alma do DIA: esta união, saber que todos fazem parte dessa rede", relata Luciana Druzina, coordenadora nacional do evento.

Histórico do evento - A partir da iniciativa da Associação Brasileira de Cinema de Animação, o Dia Internacional da Animação começou a ser realizado em 2004 somente na cidade de São Paulo. Já em 2005, a data foi comemorada com uma exibição simultânea em cinco capitais brasileiras, em 2006 chegou a 19 cidades, em 2007, 50 municípios brasileiros participaram do evento, abrangendo todas as regiões do país. No ano de 2008, contou com a participação de 150 cidades, conquistando todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Em 2009 e 2010, o DIA teve um crescimento substancial, passando de 150 para mais de 400 municípios participantes. O Dia Internacional da Animação é o resultado de um trabalho intenso de milhares de pessoas envolvidas na produção do evento nacionalmente.

Mais na Agência de Notícias do Acre.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Para não voltar ao passado

Central Única dos Trabalhadores e Central dos Trabalhadores do Brasil divulgam manifesto do movimento sindical em defesa da política de desenvolvimento sustentável do Estado. Leia aqui.

Justiça para Daliana

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Nem todo dinheiro do mundo poderia compensar a perda violenta de uma jovem e talentosa artista cujo grande sonho era ser uma atriz reconhecida nacionalmente. Mas a indenização imposta pela lei dos homens ao filho que Daliana, em razão de um erro médico, não chegou a conhecer proporciona uma rara sensação de justiça feita num caso em que, na grande maioria das vezes, fica esquecido nas prateleiras da impunidade.

Clique aqui para ler sobre o assunto.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Flash Back

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Ao comparecer a um evento no fim de semana passado tive a grata surpresa de encontrar a dupla acima revivendo grandes sucessos dos anos de 1960, 1970 e 1980.

Antônio Magão e Luiz Beleza, duas lendas da música xapuriense, se uniram para formar o grupo Flash Back, que nos últimos meses tem proporcionado ao público local uma opção à mesmice que há tempos domina a noite de Xapuri.

“Não adianta pedir para tocar música da atualidade, pois não tocamos”, diz, enfático, Magão. “Música atual já tem muita gente tocando”, completa.

A dupla tem realizado, em média, uma seresta por mês e está à disposição para animar eventos que se identifiquem com o estilo. É excelente sugestão para quem gosta de dançar ao som de antigos e inesquecíveis sucessos.

Quanto à categoria dos músicos, dispensam-se comentários.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

“Mais trabalho”

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Representantes de sindicatos, associações e outros grupos organizados preparam uma manifestação para cobrar mais ação por parte dos deputados estaduais. Eles afirmam que existem matérias que estão nas gavetas e que os parlamentares há mais de duas semanas estão usando as sessões para disputas políticas (leia).

domingo, 16 de outubro de 2011

Meninice

José Cláudio Mota Porfiro

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Hoje é o dia das crianças daqui de casa também, como tem sido, diariamente, desde algum tempo. Celebridades da terra, em jornal impresso, dizem de um tempo que já vai longe. Como todas, também a minha infância foi tal qual a água que desce da bica para nunca mais subir.

Então, minha madrinha Eulália Brasileiro, a linguagem usada aqui não pode ser recheada de salamaleques ou figuras de estilo do tipo metáforas, justo porque eu não tive exatamente um tempo de infância, mas vivi, sim, a meninice folgazã e arriscada, bem do jeito daquela época, nas colônias e seringais, a bordo de canoas ou em lombo de cavalos, ou na carreira com medo de onça, através dos varadouros e dos rios e barrancos do Acre, sempre em companhia do meu pai, o Gibiri de Xapuri, ou da minha avó materna cearense valente, a Dona Mariinha, nascida em 1896.

- Vigie, minino! Era a forma com que ela me chamava a atenção. É claro que a frase vinha acompanhada de um semblante sisudo que impunha respeito em todos da raça dos lá de casa.

Na fazendinha do meu tio Zé Maciel, ou na colônia do cumpadi Jaime de Barros, pescava do jiju e do cará, nos igarapés, ao filhote e ao jundiá, no Rio Acre, a nossa grande dádiva de Deus.

Trotava, galopava ou corria em cavalos em pelo. Um boi chamado Macaco também passeou comigo pra cá e pra lá, sem que fosse necessária sequer uma palmada no lombo ou na anca de quaisquer dos animais. À noite, os mais velhos dançavam o forró, enquanto eu ficava batendo carapanã e pensando sobre qual fórmula poderia ser usada para, um dia, quem sabe, tornar-me doutor. Vejam só o moleque!

Um dia, lá no Seringal Albrácia, Colocação Morada Nova, montei um potro e o meu tio Perneta passou a perna na égua. O animal mais novo saiu em velocidade no rastro da mãe e, no aceiro do campo, quando ela parou, ele brecou de vez e eu passei por cima do pescoço do bicho e fui dar com as fuças numa touceira de capim santo. Pra aprender!

Como todos os meninos pobres, eu também sonhei com a ocasião futura em que haveria de me tornar um doutor, desses de consultar aqueles meninozinhos e meninazinhas cheios de vermes, com os quais eu convivia, sem problemas, a brincar na calçada da rua dos meus sonhos de ainda hoje.

Dos meninos paupérrimos da vizinha Vila Natal, tendo em vista ter contato, hoje, com um que se fez empresário forte da construção civil, lembro o que Charles Chaplin escreveu: “Uma pessoa pode ter uma infância triste e pobre e, mesmo assim, chegar a ser muito feliz na maturidade. Da mesma forma, pode nascer num berço de ouro e sentir-se enjaulada pelo resto da vida”.

Não tive maiores problemas de saúde, depois dos quebrantos da primeira infância. Tomei pouca panvermina e nunca experimentei o famigerado tiro seguro, remédio terrivelmente amargo e enjoativo, bom no combate às áscaris, oxiúrus e lumbricóides.

Comia bem. Gostava das verduras e das frutas cultivadas ali mesmo no quintal. O jerimum era comum no cardápio. Estava permanentemente calçado em alpercatas de couro cru ou em bons sapatos de seringa, daqueles que são reforçados com uma palmilha de sandália de borracha, para amenizar quase todos os riscos de quem caçava de baladeira, pescava de anzol ou ajudava os tios mais velhos na lida da roça, principalmente, entre os meses de junho e julho, quando me tornava um colonheiro, ou quase um seringueiro.

A professora Orfisa Camelo Bacelar, hoje falecida e a quem devo de tudo um pouco, um dia gravou para sempre em minha mente:

- Preste muita atenção, seu Zé Cláudio. Se a escola forma para a vida e você acha que deve levar a vida a sério, então, antes, você deve levar a escola também a sério. Não tem outro jeito.
Era obediente, copiava os bons exemplos  -  mesmo em casa, do bom irmão Marcos - e não era levado. Fazia os deveres escolares nos detalhes. Como era ativo, dito esperto, trabalhador, também não escapei de pequenos acidentes, como uma ferrada de arraia enquanto pescava na boca do Igarapé Filipinas. Como o saco plástico que, por descuido, derreteu ao fogo, pingou e me furou o pé esquerdo. Como uma pedrada que sapequei na cabeça do Motinha, meu irmão, o que me rendeu umas boas lamboradas de papai.  Como os cortes de terçado, enquanto fabricava brinquedos de menino pobre. Como quando fiquei perdido por três horas na mata bruta, no seringal, de onde consegui sair ileso, mas com uma fome de cachorro de seringueiro.

À noite, sonhava novamente. De dia estudava ou trabalhava. Vendia mingau de banana ou de arroz e quibe de macaxeira. Brincava mais ou menos entre cinco e seis da tarde, ou aos sábados e domingos. A barra era uma brincadeira que consistia em um grupo de meninos correrem atrás do outro até pegar, tocar. A peteca é chamada bolinha de gude em outras re-giões brasileiras. A perna de pau era também confeccionada por mim e me fazia sonhar cada vez mais, uma vez que, através dela, apreciava pelas janelas altas as casas dos turcos e portugueses ricos ou mais ou menos.

Uma vez, no seringal, usando peconha de corda, subi num pé de jitó alto e levei lá pra cima da árvore uma tábua de caixa de sabão bem fininha amarrada na extremidade a um cordão. Aí, comecei a rodar velozmente o tal apetrecho que fazia um barulho parecido com o esturro da onça vermelha... Não demorou cinco minutos e a bicha já estava embaixo da árvore cheirando o chão e olhando pra cima. Meu pai deu-lhe um tiro de dezesseis mesmo entre os olhos, tirou o couro e o vendeu aos mascates bolivianos.

Depois, era manhãzinha, a caríssima professora Enedina Sant’Ana de Menezes passou lá por casa em hora crucial e tomou das mãos de mamãe, e atirou ao fogão de lenha, uma palmatória de madeira maçaranduba novinha com a qual nos era enfiada na cabeça  a tabuada, a separação silábica, os dezesseis pontos cardeais, as capitais do Brasil e os nomes de todos os grandes, desde D. Manuel, O Venturoso, patrão de Pedro Álvares Cabral, até João Goulart, de quem mamãe era fã ardorosa.

- Nenem, hoje em dia não se bate mais em criança, porque fica muito mais difícil esses meninos aprenderem alguma coisa. Faça com que eles estudem num local em silêncio, em voz alta, de preferência... – Foram as palavras de uma professora muito à frente do seu tempo. À tarde, lá estava a professora em minha casa, mais uma vez, para ver o efeito do fogo na palmatória de maçaranduba. Não havia sobrado nem as cinzas. Eram mais de cinco da tarde e papai foi quem reclamou do fim do instrumento de açoite, tão bem feito, quase uma obra de arte.

- Mas Gibiri, meu amigo. O Mota é ainda uma criança e o Zé Cláudio tá chegando na adolescência; já tem quase treze anos. - Ao que o meu pai, do alto da sua metodologia positivista, retrucou:
- Mas professora. Deixe disso. Fi de pobre não tem essas friscura, não. Ou o caba passa de menino bom a homi trabaiador, ou passa de minino severgõin a véi safado. Ou uma ou outra. Não tem situação diferente que seja.

Em 1970, o Brasil ganhou a copa do mundo pela terceira vez. Lá em casa, nós ouvimos  -  testemunhamos  -  tudo pelo rádio, até o último gol contra a Itália. Houve muito foguetório, o carnaval e a bebedeira correram na largura da boca e o Padre José, nosso pároco, tocou trezentas badaladas no sino da Matriz de São Sebastião. Findo o jogo, eu e uma turma de garotos da minha idade fomos para o campinho atrás da escola para colocar em prática tudo o que havíamos aprendido com a grande seleção do Brasil.

Eu tinha treze anos e era gente grande, uma vez que produzia para ajudar os pais no sustento dos irmãos menores, esta, uma tarefa que me coube até agora já próximo da virada do novo milênio.
Já não sou um menino qualquer, mas penso ainda ter Deus muito a nos presentear, inclusive nos dias das crianças lá de casa, que são todos os dias das nossas vidas felizes. Graças!

José Cláudio Mota Porfiro escreve no blog Impressões Gerais.

sábado, 15 de outubro de 2011

Acre: o futebol dos ‘sem noção’

 "O envolvimento desastroso do Rio Branco Futebol Clube em fatos extra-campo relacionados ao campeonato nacional da série C reforça a impressão de que no campo futebolístico tudo é possível no Acre".

Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano

Todo mundo sabe que ao recorrer à justiça comum para garantir a continuidade de sua participação na série C do campeonato brasileiro de futebol, o Rio Branco Futebol Clube vai colher como resultado uma pena drástica por parte da CBF: exclusão por dois anos de todas as competições organizadas pela entidade.

O envolvimento desastroso do clube acreano em fatos extra-campo relacionados ao campeonato nacional desse ano reforça a impressão de que no Acre pode acontecer de tudo quando o assunto envolve futebol.

Primeiro uma promotora de justiça terminou por chamar para si os holofotes da imprensa ao apoiar a interdição do estádio Arena da Floresta, que foi considerado uma praça esportiva sem as mínimas condições de receber espetáculos futebolísticos.

Os maiores prejudicados foram os torcedores acreanos e o Rio Branco Futebol Clube. Quanto à promotora, o assunto rendeu. Ela até foi destaque no jornal Folha de S. Paulo. E aproveitou a rara e talvez única oportunidade que terá na vida de aparecer em um diário de circulação nacional para deixar claro que está no Acre apenas por questões profissionais.

Zelosa com o estádio Arena da Floresta, a referida promotora deveria ter visitado, antes de ter apoiado a interdição da praça esportiva acreana, os chiqueiros travestidos de arenas de futebol espalhados pelo Brasil. Apenas para citar alguns: os estádios do Paysandu, do América de Natal, do Águia de Marabá e do Luverdense-MT. Nenhum deles chega 'aos pés' da Arena da Floresta acreana quando se avaliam os quesitos relativos à segurança, conforto e qualidade das instalações para torcedores e atletas.

No lugar de se esforçar para interditar o estádio Arena da Floresta, a promotora deveria agir para impedir que o estádio da Federação Acreana de Futebol, localizado na estrada da floresta, venha a ser usado em competições oficiais.

Onde já se viu erguer uma praça esportiva para mais de 5 mil espectadores sem disponibilizar espaço para estacionamento?

Por acaso os torcedores vão estacionar seus veículos e motos ao longo da estrada que passa em frente ao estádio correndo o risco de acidentes?

E o que dizer do nome do estádio: Florestão "Antônio Aquino Lopes", que vem a ser o nome do presidente da entidade e que recebeu a homenagem em vida?

De concreto sabemos que o Florestão nunca vai ser usado em competições da CBF e, portanto, dificilmente será alvo de curiosidade da imprensa nacional.

Depois desse episódio intragável precipitado pela iniciativa da promotora de justiça, temos a atuação errática e literalmente 'sem noção' dos dirigentes do clube acreano.

Dizemos isso porque o Rio Branco Futebol Clube tem participado regularmente das competições organizadas pela CBF e sua diretoria sabe muito bem das regras que regem essas competições. Mesmo assim, nesse ano de 2011 ela tem insistido em recorrer à justiça comum para resolver questões puramente esportivas. Diante disso, que outra impressão que não a de que "eles não tem noção do que estão fazendo" a diretoria passa para torcedores e simpatizantes do clube?

O mais revoltante é que quando o clube for excluído das competições da CBF, fato que se consumará nas próximas duas semanas, a diretoria responsável pela lambança vai se limitar a dizer que “lamenta a decisão da CBF”, “que a CBF está equivocada”, “que a punição foi muito extrema”, enfim, vão colocar a culpa nos outros e afirmar que eles (os diretores do clube) fizeram o que foi possível para garantir a participação do Rio Branco na competição. Vai ser um acinte à nossa inteligência.

É uma pena que torcedores e simpatizantes do clube não possam tomar iniciativas que resultem em algum tipo de punição para esses dirigentes, que com certeza deverão renunciar aos seus mandatos assim que o clube for relegado aos dois anos de ostracismo. Isso vai acontecer porque, como diz o povão, “qual é a graça” de dirigir um clube que não vai poder participar de campeonatos importantes?"

Revoltante não é mesmo! Mas isso tudo é coisa bem brasileira. Afinal, aqui se cometem os maiores absurdos e ninguém é punido. E o futebol não poderia ser um exceção à regra.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Prefeitos meninos mínimos

José Cláudio Mota Porfiro

Basta um mínimo de discernimento e qualquer cidadão que consiga ver um palmo adiante do nariz rombudo observará que, para cada segmento da estrutura governamental, há sempre uma série de gargalos e problemas de fáceis soluções. Mas o nobre deputado não consegue ver. O pequeno edil tropeça nas pernas. Sua Excelência, o senhor prefeito, então, é muito pior porque tem formação intelectual ainda mais capenga e não vai além das mesuras que podem ser feitas para o agrado de apenas alguns munícipes.

Pisar-em-ovos

Fui instado a colaborar por quem de direito. Todavia, antes, é conve-niente ir ao âmago do problema e analisá-lo na sua real dimensão. Depois, as soluções aparecerão como num passe de mágica. Mas esta não é uma tábua de mandamentos. Apenas rumos bem interessantes aqui são apontados, inclusive, para os dignificados doutos da Justiça Eleitoral.

É claro que há, dentre os prefeitos acreanos, uma professora com nível superior, um economista de renome nacional e um doutor em humanidades. Quanto aos demais, é oportuno observar que, mesmo a vinda dos palestrantes das fundações  -  Teotônio Vilela, Perseu Abramo, dentre outras  -  encarregadas da formação dos políticos sem lastro não surte resultado, porque o que é dito nos cursos entra por um ouvido e sai pelo outro. Ademais, os participantes estão imersos na penumbra da desinformação, nada entendem porque o nível é alto demais, ou porque a conversa é intensa com o objetivo de, depois, dizerem que os temas mais importantes não foram tratados e por isso eles se dão ao direito de errar.

Na grande maioria dos casos, os prefeitos das cidades do Acre, notadamente as menores, são rapazinhos de pouca instrução, pretensiosos e empavonados, como príncipes de pequenos reinos, onde o rei é o pai e a população de súditos boquiabertos não chega a cinco mil almas. Ambos entendem muito de politiquice, politicalha, maledicência e fuxico. Nada entendem dos conceitos e práticas da política propriamente dita. Também ninguém lhes ensina nada.

Incômodo é notar que, em primeiro lugar, surge-lhes na mente o aprendizado de uma prática terrível em muitos dos casos herdada do papai também politiquinho. Eles aprendem o lado ruim do pior dos aspectos da política partidária, esta, certamente, um mal, mas um mal necessário. Os prefeitos meninos tentam dialogar consigo próprios e querem dizer que estão muito acima da sua mediocridade semi-alfabetizada. Eles não observam que a política que não é nociva é a que trata do bem-estar do ser humano. E só.

Se me viro para um lado da estrutura administrativa de um município, vejo que as políticas educacionais, por exemplo, se levadas a bom termo, colocam a merenda escolar de qualidade no cardápio diário dos alunos, promovem o dia letivo integral, adquirem livros que ensinam caminhos, pagam salários dignos e compram equipamentos e novas tecnologias facilitadoras do ensino fundamental, principalmente.

Se olho para o outro lado, percebo que as políticas públicas orientadas para a solução dos problemas da produção de alimentos levam, inclusive, o resultado do trabalho agrícola para as escolas que terão alunos melhor alimentados. Estes aprenderão muito mais e irão bem menos aos postos de saúde, dentre outros fatores extremamente positivos.

Alunos mais estudiosos darão menos trabalho aos que fazem as políticas de segurança pública. A maior parte deles preferirá frequentar um ginásio de esportes  -  com bons professores de educação física, é claro - a afugentar-se no perigoso mundo das drogas.

Se a preocupação do administrador voltar-se para a construção de estradas vicinais, os caminhos das escolas serão menos penosos, os agentes da saúde preventiva chegarão mais facilmente às vivendas dos agricultores mais distantes, estes não terão a necessidade das visitas freqüentes aos postos de saúde, a produção agrícola será escoada em menos tempo, e assim por diante.

E o que se vê?

Incluam-se, aqui, também as cidades maiores. As obras mais concretas cabem apenas aos esforços hercúleos do Governo do Estado que, na superior maioria dos casos, não pode contar com as prefeituras municipais por pura inépcia destas. Felizmente, as secretarias de estado podem confiar em equipes formadas por técnicos de formação esmerada que partem das teorias densas e chegam a uma prática favorável através de projetos exeqüíveis, para o bem de todos, como deve ser feito. (Felizmente, enquanto um cidadão de bons propósitos e perfeitamente saudável do juízo, não posso deixar de ver o trabalho que vem sendo feito em todas as áreas da administração pública. Eu não sou cego e a senhora, minha leitora, também não é!)

No Acre, são ainda conhecidos casos de cidadãos ou pseudo-cidadãos que, por não terem uma ocupação definida, um ofício, uma profissão, um diploma, passaram a fazer da política partidária uma arte, a arte de enganar o eleitor inculto e desinformado. Não sabendo fazer nada, o indivíduo  -  politicanalha  -  se especializa em mentir. O pai o colocou na escola e queria fazer dele um médico ou um advogado ou um engenheiro, mas o menino rude só conseguiu ser político enganador da fé pública. 

Desequilíbrio seria apontar os problemas e não demandar as soluções. Elas existem. Basta um pouco de discernimento (leitura, mesmo) por parte dos políticos menores e por parte dos que dizem garantir a sua formação, como as fundações acima mencionadas.

Interessante por demais é que a justiça eleitoral atente para uma solução bem plausível colocada em prática pela nossa Secretaria de Educação. Senão vejamos.

A explicação é apenas uma síntese do processo, é claro. Em rápidas palavras, o diretor de uma grande escola é como o prefeito de uma pequena cidade. Considere-se que o Colégio Estadual Barão do Rio Branco, por exemplo, matricula mais de dois mil alunos por ano. Para que o trabalho seja levado a bom termo, então, é preciso uma análise das competências e das capacidades dos que se candidatam ao cargo de dirigentes escolares.

Em um dado momento, os diretores de escolas passaram a ter a eleição garantida através do sufrágio universal, mas os eleitos nem sempre correspondiam às expectativas da comunidade escolar porque lhes faltava preparo, inclusive, para o trato com as finanças. Foi aí que surgiu a idéia segundo a qual um número qualquer de professores pode se candidatar a dirigente. Só que, antes, esses mesmos candidatos fazem um curso de um mês ou dois meses, parece-me, e, se aprovados é que colocarão os seus nomes para a disputa. Aqueles que têm as melhores notas têm as maiores chances. Em outros termos, como no adágio antigo, só se estabelece quem tem competência real e comprovada em curso intensivo, através de concurso teórico e por meio da concorrência legitimada pelo voto.

Mesmo que as comunidades do interior não tenham pessoas com preparo intelectual para um empreendimento de tamanha envergadura, outros indivíduos com alguma ligação com as cidades poderiam participar das três etapas da mesma forma como fazem os professores que se candidatam a diretores de escolas... E tudo seria feito, também, com os vereadores gulosos e com os apaixonados deputados estaduais completamente destituídos de razão, de tirocínio. Pura emoção.

Em verdade vos digo que a culpa é da vaidade que atinge tão somente os ignorantes que não sabem dominá-la. Aos que colocam e fazem bom uso dessa carapuça - autoridades, líderes mínimos e afins - devo repetir que um pedante continua sendo um homem que tem a digestão intelectual extremamente difícil.

Aí eu pergunto: quem lerá estas linhas tão surpreendentes? Eu, novamente, no domingo. Por Deus!

José Cláudio Mota Porfiro é xapuriense.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Caricaturas do Braga

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O cartunista Braga está criando caricaturas de quem enviar a ele a sua fotografia. Depois entrega a caricatura colorida, toda bonitinha, impressa numa camiseta branca.

“Custa só 50 merréis, mais despesas de envio”, diz ele.

Vejam que o jornalista Leônidas Badaró, ao lado da esposa, ficou mais bonito na caricatura que na própria foto.

Grande Braga.

Clique aqui para ver mais.

AGAAP-AC

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O diretor de esportes da prefeitura de Xapuri, Julinho Figueiredo, participou, na noite da última quarta-feira (12), no hall do estádio Arena da Floresta, do ato de criação da Associação de Garantia dos Ex- Atletas Amadores e Profissionais de Futebol do Acre, AGAAP-AC, entidade que vai realizar atividades para auxiliar ex-atletas ligados ao futebol.

Participaram da solenidade os presidente da Federação de Futebol do Acre, Antônio Aquino Lopes, e o secretário de Esportes do estado, Mauro de Deus, além de vários ex-jogadores. A entidade terá uma diretoria provisória, comandada pelo ex-jogador e empresário Uchôa Cavalcante e pelo ex-craque Eduardo Rodrigues, o Dadão.

Para ser criada a associação, foi preciso se elaborar um estatuto nos mesmo moldes do que rege a Associação Nacional dos ex-jogadores, presidida por Wilson Piazza. Essa assessoria jurídica foi prestada gratuitamente pelo gabinete dos senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz (PT).

De acordo com Uchôa Cavalcante, a pretensão é realizar várias atividades inclusive jogos beneficentes para auxiliar ex-jogadores que por ventura estejam enfrentando problemas, principalmente na área da saúde. Também consta no projeto a criação de escolinhas nos bairros periféricos. Essas escolinhas serão conduzidas por ex-jogadores que passarão a receber um salário pago pela AGAAP-AC.

No mês de dezembro, a Associação pretende realizar um grande jogo amistoso do qual devem participar o ex-craque do Flamengo, Zinho, o goleiro da Portuguesa, Weverton, e, possivelmente, o maior ídolo do Flamengo, o galinho de Quintino, Zico.

Com informações do repórter Jairo Barbosa, do Ac24horas.

Nove bastam

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Xapuri não terá aumento no número de vereadores para a próxima legislatura, o que poderia ocorrer pelo fato de o município haver superado os 15 mil habitantes, segundo o IBGE. O prazo para a discussão e aprovação do acréscimo de cadeiras no parlamento mirim se esgotou no mês de setembro sem que tenha havido qualquer debate público sobre o assunto.

Ao contrário do que muitos pensam, o aumento no número de edis, de 9 para 11, no caso de Xapuri, não causaria aumento de despesa pública. Os repasses de recursos às Casas legislativas não estão atrelados ao número de vereadores e sim à população de cada município.

O que ocorreria de fato seria o aumento da despesa da Câmara com o pagamento de mais dois membros do Poder contando com os mesmos 7% de repasse sobre a receita do município, sendo que desses 7% apenas 70% do valor pode ser utilizado para o pagamento dos subsídios dos vereadores e salário de pessoal.

Atualmente, os vereadores de Xapuri já não recebem os subsídios que estão estabelecidos em lei em razão dos cuidados que devem ser observados com as contas do legislativo. Hoje, no papel, o subsídio de um vereador em Xapuri corresponde a R$ 3 mil, mas em decorrência do orçamento do município, eles recebem apenas algo em torno de R$ 2 mil. 

Outra informação é a de que o aumento no número de edis não é obrigatório, mas sim uma prerrogativa do Poder Legislativo Municipal, dentro dos parâmetros constitucionais, cujo prazo-limite improrrogável é o mês de setembro de 2011 para a legislatura 2013-2016.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dia das Crianças

Eles são tudo, eles explicam tudo

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Raimari Jr., Anna Lya e Matheus Cardoso.

Eden Mota no Papo Xapuriense

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O Papo Xapuriense do blogueiro Maxsuel Maia entrevistou o ex-blogueiro Eden Mota. Sempre polêmico, ele reafirma as críticas feitas contra os vereadores que em razão delas lhe processaram e diz não ter esperanças de renovação na política xapuriense. Leia.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Bradesco em Xapuri

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Leia.

Audiência

Henrique Afonso busca soluções para a construção da Ponte da Sibéria em Xapuri

Chrísna Lima

Milhares de pessoas participaram da audiência pública para debater sobre a construção da Ponte da Sibéria. A população se reuniu em frente a igreja de Xapuri. Produtores rurais e grande parte dos moradores daquela cidade fizeram sua manifestação com varias faixas e cartazes.

O encontro foi promovido pelo gabinete do deputado federal Henrique Afonso (PV), em parceria com o comitê Pró-ponte. Segundo o Coordenador da Comissão Pró Ponte João Jorge, “hoje esse povo vive isolado, tendo apenas acesso a cidade em determinadas horas do dia. A passagem que é feita através de catraias se torna um problema, porque muitos moradores não tem o valor da passagem para pagar”, disse o Coordenador.

Há muito tempo que os moradores do Bairro da Sibéria lutam em busca da construção de uma ponte que ligue o Centro da cidade de Xapuri com o outro lado do Rio Acre, onde está localizado a Reserva Chico Mendes.

O bairro reúne aproximadamente 42% de toda a população daquele município. Para o deputado Henrique Afonso, um dos parlamentares engajados na busca de recursos para a construção da ponte, “esse é um momento muito importante porque todas as instituições e autoridades presentes, poderão ouvir o reclame da comunidade, que há muito tempo tem sofrido com o isolamento. As pessoas precisam ter o acesso facilitado, ali são 62% da área geográfica de Xapuri, e a produção da Reserva Chico Mendes pela ser escoada de forma mais simples e rápida. Espero que todos possam lutar juntos para melhorar a vida daquela população, para realizar este sonho da comunidade” afirmou o parlamentar.

Com a realização do encontro ficou definido, como encaminhamento, que cada parlamentar federal deve alocar 1 milhão e meio de reais para o orçamento de 2012. Além disso a coleta de assinaturas de abaixo assinado dos moradores será intensificado, e também uma ampla campanha de conscientização sobre a necessidade da construção da ponte será realizada do município.

domingo, 9 de outubro de 2011

Mais uma vez

Arbitragem rouba Flu no Engenhão

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Superior o jogo inteiro, o Fluminense foi mais uma vez garfado vergonhosamente em confronto contra o urubu. O árbitro do jogo foi o atabalhoado Felipe Gomes da Silva, que de tão covarde foi protegido da reclamação dos jogadores pela assistente Lilian da Silva.

sábado, 8 de outubro de 2011

“A ponte mais bonita do Acre”

Pela primeira vez na história, audiência pública reúne todos os segmentos sociais de Xapuri em torno de um sonho comum: a construção de uma ponte sobre o rio Acre

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Seringueiros, pecuaristas, comerciantes, donas de casa, estudantes, religiosos e políticos das mais diversas correntes. Eles estavam todos lá, unidos por sonho que nasceu há 25 anos a partir do anseio de moradores do bairro Sibéria, uma pequena comunidade separada do restante da cidade pelo rio Acre, isolamento que para a quase totalidade de seus moradores, gente oriunda da floresta ou descendente de quem nas matas viveu e morreu, representa, numa síntese de muitos sofrimentos e dificuldades, a limitação da própria condição de cidadania.

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Na audiência pública realizada nesta sexta-feira (7) em frente ao Salão Paroquial da Igreja de São Sebastião, a partir da iniciativa popular abraçada pelo deputado federal Henrique Afonso (PV), o tema foi finalmente discutido de maneira ampla e formal, como uma reivindicação popular amadurecida e endossada pela própria história de vida da população que se fez presente como que para mostrar a deputados federais e estaduais, além de representantes de senadores da República, como o projeto da ponte de Xapuri é tão importante para o município.

Em uníssono, diante de uma plateia de mais ou menos 500 pessoas, os parlamentares presentes manifestaram apoio à viabilização do projeto da ponte de Xapuri, obra que enfrenta a resistência de ressalvas ambientais e econômicas que não se sustentam diante da maior justificativa de todas, que é questão social, de acordo com o incansável presidente da Associação de Moradores do bairro Sibéria, João Jorge Cosmo da Silva, escolhido pela Comissão Pró-Ponte para defender a importância do projeto para a população de Xapuri.

Os deputados federais Antônia Lúcia (PSC) e Henrique Afonso (PV) se comprometeram em se empenhar na defesa do projeto, inclusive destinando, cada um, R$ 1,5 milhão em emendas individuais para a construção da ponte sobre o rio Acre em Xapuri. A deputada evangélica, inclusive, afirmou que estará devolvendo com isso o apoio que recebeu dos xapurienses. Ela se referia aos mais de mil votos depositados para ela nas urnas do município nas últimas eleições pela crescente comunidade protestante no município.

Outro participante de destaque na audiência pública foi o deputado estadual Manoel Moraes (PSB), que há muito tempo aderiu à causa da ponte em Xapuri e que desde que assumiu o mandato na Assembleia Legislativa tem se esforçado para fazer o projeto caminhar tanto no âmbito do poder estadual quanto federal. Moraes esteve recentemente em Brasília onde percorreu diversos gabinetes com um documento debaixo do braço angariando apoio à obra mais esperada pelos xapurienses de qualquer cor, raça ou religião.

Durante o evento, o prefeito Bira Vasconcelos apresentou duas propostas de pontes desenhadas por um dos arquitetos responsáveis pelas muitas pontes construídas no Acre nos últimos anos. De acordo com o prefeito, o mesmo arquiteto estará em Xapuri até o final do mês levantando informações que servirão como base para a futura confecção do projeto da ponte de Xapuri que, segundo ele, passa a ser uma realidade a partir dessa audiência pública.

O prefeito falou também em nome do governo do Estado, com quem tem mantido conversas frequentes sobre o assunto. Segundo Bira Vasconcelos, o governo do Acre é plenamente favorável à construção da ponte em Xapuri e que as políticas públicas que vêm sendo implementadas na região que fica no lado oposto do rio Acre já fazem parte, mesmo que indiretamente, dos planos para evitar que o obra depois de pronta traga efeitos negativos para a população.

“Xapuri terá a sua ponte. E ela terá que ser a ponte mais bonita do Acre”, disse o prefeito  recebendo muitos aplausos do público presente que saiu do evento com o coração cheio de esperança de que o sonho há tantos anos acalentado esteja muito perto de se tornar realidade.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Célio Nunes Moncada

Foi sepultado na tarde desta quinta-feira, em Xapuri, o corpo do professor Célio Nunes Moncada, que faleceu na noite de ontem na capital acreana depois de enfrentar por longo período sérios problemas de saúde.

Uma das personalidades mais conhecidas de Xapuri, o professor Célio Moncada foi um dos educadores mais renomados e respeitados desta terra, deixando uma vasta lista de serviços prestados à educação no município.

Orgulho-me muito de ter sido seu aluno.

ICMBio conhece a Trilha Chico Mendes

 Setul apresenta Turismo de Base Comunitária para técnicos do instituto

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Diego Gurgel (Assessoria Setul)

A Trilha Chico Mendes é um dos novos produtos turísticos em desenvolvimento pelo governo do Estado, através da Secretaria de Turismo e Lazer, criada em dezembro de 2009. Localizada na Resex Chico Mendes, entre os municípios de Xapuri e Brasileia, a trilha tem 223 quilômetros de extensão e possui 1.100 unidades de produção. Recentemente, recebeu técnicos vindos de Brasília pelo ICMBio, que é gestor da Reserva, para conhecerem de perto o trajeto, passando por algumas moradias extrativistas que fazem parte do processo de formatação do produto Trilha Chico Mendes.

Sônia Kinker, coordenadora de diagnóstico e ordenamento do ICMBio de Brasília, juntamente com Thiago Beraldo, também do instituto, conheceram o trajeto para fazerem uma análise técnica da viabilidade de se criar um produto turístico nos moldes da Trilha Chico Mendes. Eles fizeram o trajeto de três dias, percorrendo aproximadamente 40 quilômetros a pé, com a gestora do projeto, Adalgisa Bandeira, um operador de turismo de Cusco (Peru), um representante de outra operadora do Estado e um técnico do ICMBio-AC.

O grupo pode visitar moradias de alguns extrativistas, conhecendo o seu modo de vida, dormindo no mesmo local, em redes, e tendo refeições ali mesmo, da maneira que eles costumam fazer. Uma das primeiras paradas antes de entrar de fato nas colocações, o grupo visitou a casa de Chico Mendes e o seu memorial em Xapuri, e em Brasileia conheceu o memorial Wilson Pinheiro e sua história. Esta ordem de visitações faz parte do roteiro “Trilha Chico Mendes”, uma forma de mostrar ao visitante não apenas a Resex, mas também a história da Luta de Wilson Pinheiro e Chico Mendes pela preservação da natureza.

Durante as caminhadas, foi possível ver a riqueza da biodiversidade do local. O que chamou a atenção em especial foi a variedade de plantas conhecidas como helicônias. As cores vivas impressionaram todos. Outra coisa que os técnicos do ICMBio disseram ser muito especial é ter esse contato com os moradores da reserva. “Isso é muito procurado por turistas, que procuram praticar o turismo vivencial e conhecer o modo de vida sustentável desse povo” ressaltou Sônia Kinker.

Eles ficaram espantados com o tamanho das mandiocas produzidas por Anacleto, morador do Seringal Amapá, colocação Boa Vista. As mandiocas foram servidas no café da manhã no dia seguinte. A refeição era típica do local - ovos fritos, tapioca, mandioca cozida, pão-de-milho, rapadura e queijo. Outro morador encontrado no caminho foi Francisco da Silva, o “Chicão”, do Seringal Tabatinga, colocação Lua, que estava indo para sua estrada de seringa, uma imperdível oportunidade para os técnicos do ICMbio conhecerem a forma como se coleta o látex.

Empunhando a “cabrita”, Chicão explicou tudo a respeito da árvore, e o técnico Thiago ainda arriscou extrair um pouco de látex com o instrumento. No terceiro dia, todos puderam conhecer o trajeto do Rio Xapuri, que faz parte da Trilha Chico Mendes, e passar por belas cachoeiras, como a “Sai Cinza”.

Para o governo do Estado, é essencial que se envolva a comunidade na criação de um local de visitação do gênero, trazendo assim desenvolvimento social, proporcionando inclusão, uma vez que a ida de turistas ao local gera renda, pois se precisa utilizar os serviços prestados pela própria comunidade, como alimentação, abertura de trilhas e pernoites, desenvolvendo o Turismo de Base Comunitária.

No retorno do grupo, já em Xapuri, houve uma reunião com duas associações de moradores dos municípios de Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri (AMOPREB E AMOPREX), para juntos discutirem com governo do Estado através da Setul e ICMBio a viabilidade da criação da trilha e ouvir a comunidade, para entrarem em concordância e saberem o que está sendo feito no local. A partir daí, foi produzido um documento que servirá como instrumento legal do governo junto com as associações e encaminhado para a PGE.

Foi aprovada recentemente uma verba de R$ 650 mil, através de uma emenda parlamentar do então senador Tião Viana, que serão investidos agora em sua gestão como governador para implantação de infraestrutura e melhorias na área. Para a secretária de Turismo e Lazer, Ilmara Lima, a reserva é um dos carros-chefes do governo do Estado no setor do turismo e vem tendo um trabalho intenso, desde a utilização das verbas obtidas recentemente e a execução de manutenção da sinalização até o contato frequente com os moradores que moram no trajeto.

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Outro morador encontrado no caminho foi Francisco da Silva, o “Chicão” (foto), do Seringal Tabatinga, colocação Lua, que estava indo para sua estrada de seringa, uma imperdível oportunidade para os técnicos do ICMbio conhecerem a forma como se coleta o látex.

“A partir de agora, com a implantação da infraestrutura da Trilha Chico Mendes, esse produto será muito visitado durante todo o ano, melhorando a qualidade de vida dos moradores daquela região, aquecendo o comércio dos municípios no entorno como Xapuri e Brasileia, diminuindo a sazonalidade de visitação naquela região”, explicou a secretária.

Para Adalgisa Bandeira, gestora do projeto “Trilha Chico Mendes”, foi muito importante a visita do ICMBio no local, pois eles puderam fazer uma avaliação técnica e de viabilidade do que está sendo investido pelo governo do Estado nesse produto.

Sônia Kinker ficou orgulhosa com o trabalho de sensibilização da comunidade feito pela equipe da Setul, sob a coordenação de Adalgisa, e além de tudo ficou muito feliz por ter a oportunidade de conhecer um local tão preservado e lindo como a Resex Chico Mendes, e a trilha que está crescendo e se consolidando como um produto de ecoturismo.

“Em breve, muitas pessoas do mundo inteiro estarão procurando a trilha para caminhar, pedalar, fotografar e conhecer as pessoas que aqui vivem. Este é um excelente produto” concluiu.

Steve Jobs (1955-2011)

Leia no blog do Altino.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O inimigo dos pedófilos

Nota da coluna Poronga:

O governador (Tião Viana) e sua equipe comemoraram ontem pelo twitter a prisão, só este ano, de mais 90 pedófilos no Estado, com agradecimento especial ao secretário da Polícia Civil, delegado Emylson Farias.

Emylson Farias, que é xapuriense, se um dia assumisse o comando da Polícia Civil de sua terra natal se estafaria de botar gente atrás das grades. Quem sabe, um dia.