segunda-feira, 25 de junho de 2012

Tragédia no Guarani

Na tarde do último domingo (24), o jovem Alexandre Marques Pereira, 19 anos, deixou uma partida de futebol na colocação Guarani, onde ocorriam as atividades da Festa de São João do Guarani, para se tornar mais uma das vítimas de uma epidemia chamada acidente de trânsito envolvendo motocicletas.

Alexandre tomou emprestada uma moto para levar seu pai até em casa, no ramal do Espalha, a alguns quilômetros da colocação Guarani. Quando retornava ao local da festa, colidiu frontalmente com um caminhão da Prefeitura de Xapuri (foto) que vinha em sentido contrário, tendo morte instantânea em razão da violência do choque. 

A tragédia pôs fim às comemorações e recolocou de luto o bairro da Sibéria, que há exatas duas semanas perdeu três pessoas muito conhecidas da comunidade no fatídico naufrágio de uma catraia que fazia a travessia entre os dois lados da cidade. Apesar da pouca idade, Alexandre também era uma pessoa querida naquela localidade.

O motorista do caminhão, Francisco Fábio da Silva Menezes Barroso, de 32 anos, se apresentou espontaneamente à polícia e realizou o teste do bafômetro, que constatou não constatou ingestão de álcool. Ele deverá ser indiciado por homicídio culposo, aquele que ocorre quando se tem a responsabilidade mas não a intenção de matar.

O aumento no número de acidentes deste tipo nos últimos anos tem causado grande preocupação para a Saúde Pública. Dados do Ministério da Saúde mostram que, no Acre, o custo de internações por acidentes com motociclistas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cresceu 283% de 2008 a 2011, passando de R$ 166,9 mil para R$ 639 mil.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o crescimento dos gastos acompanha o aumento das internações que saltaram de 200 para 507 hospitalizações no período. O número de mortes por este tipo de acidente também aumentou no estado, passando de 10 motociclistas em 2008 para 14 óbitos em 2010.

Em Xapuri, porém, como em outros casos ocorridos em tempos não tão distantes, a morte de Alexandre não representa apenas mais um número na fria estatística. As perdas de vidas desta maneira em cidades como a nossa causam profunda comoção popular, a despeito do que muito pouco tem sido feito para se prevenir novas tragédias.

Outras informações e imagens do acidente podem ser encontradas no jornal O Alto Acre.

Um comentário:

xapuriense disse...

Uma pena...

Meus sentimentos para a familia do jovem.

Estive no Guarani dia 24. Voltei um pouco antes do acidente. No dia anterior fui até perto do espalha, coletando dados para minha tese. Na sema anterior estive no ramal, de moto.

Percebi que é realmente muito perigoso, principalmente para as motos. A poeira, as pedras soltas e as ladeiras dificultam a dirigibilidade.

Carlos