sábado, 7 de março de 2015

QUESTÃO DE TEMPO

Prefeito diz que estado de calamidade pública será reconhecido também para Xapuri

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O prefeito Marcinho Miranda informou na manhã deste sábado, 7, em entrevista à Rádio Educadora 6 de Agosto, que o fato de Xapuri não ter sido contemplado pela portaria que reconheceu o estado de calamidade pública por procedimento sumário para as cidades de Rio Branco e Brasileia, no último dia 5, não significa que o município teve o seu requerimento recusado pelo governo federal.

O gestor municipal explicou que uma nova avaliação sobre a gravidade do desastre natural que atingiu o município está sendo realizada pelas autoridades da Defesa Civil e que o reconhecimento, por parte do governo federal, de que Xapuri enfrenta as consequências de um desastre de nível II, o que enseja a decretação do estado de calamidade pública, segundo os critérios da Secretaria nacional de Proteção e Defesa Civil, deverá ocorrer até o início da próxima semana.

O decreto de “Estado de Calamidade Pública” em Xapuri foi assinado pelo prefeito ainda no dia 27 de fevereiro passado. O requerimento foi enviado ao Ministério da Integração juntamente com o Plano Detalhado de Resposta, que alcançou o valor de R$ 1.069.625,90 (um milhão, sessenta e nove mil, seiscentos e vinte e cinco reais e noventa centavos).

Marcinho Miranda afirmou que a prefeitura fez o reendosso do pedido e encaminhou ao Ministério da Integração Nacional a documentação complementar a respeito da extensão dos prejuízos causados dentro dos limites do município pela enchente histórica do Rio Acre. O prefeito diz que todas as medidas foram tomadas conforme as exigências da Defesa Civil Nacional, que enviou a Xapuri um analista técnico para orientar o município quanto aos procedimentos burocráticos a serem feitos.

“Não houve atraso de documentação e muito menos falta de orientação por parte da Defesa Civil. Também não existiu falta de interesse de nossa parte nem do governo do estado em fazermos o que é importante e necessário para o município nesse momento tão difícil em que tudo o que puder chegar às pessoas necessitadas é importante”, disse.

Informações da Coordenação Municipal de Defesa Civil dão conta de que 98% da população urbana de Xapuri foi, de alguma maneira, prejudicada pela enchente, em razão de praticamente toda a rede de serviços essenciais ter sido afetada a ponto de todos os serviços de atendimento às pessoas serem integralmente suspensos ou improvisados, como foi o caso do único do hospital da cidade, que passou a fazer atendimentos de urgência e emergência em um posto de saúde.

Mais de 30 órgãos das esferas municipal, estadual e federal foram inundados. Foram mais de 800 edificações atingidas pelo rio, dezenas delas tendo sido inteiramente destruídas ou levadas pelas águas. A quantidade de famílias que foram obrigadas a deixar suas casas somou 807, o que resultou no número de 2.425 pessoas expulsas de seus lares pelo desastre. No momento, 80 famílias ainda se encontram nos abrigos em Xapuri.

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