domingo, 29 de março de 2015

MATANÇA DE ÁRVORES

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A imagem acima, postada por Haroldo Sarkis, assessor da prefeitura de Xapuri, em seu perfil no Facebook, denuncia um fato que tem sido recorrente na cidade considerada por muitos como o berço do ambientalismo acreano.

Os buracos abertos no tronco de uma das mangueiras centenárias que se localizam ao longo da rua Cel. Brandão, certamente com o fito de envenenar a árvore, lembram outros episódios parecidos, ocorridos sempre na calada da noite, sem que até hoje qualquer providência tenha sido tomada.

Quem não se lembra da figueira que sombreava a Casa de Chico Mendes, tombada como Patrimônio Histórico Nacional, ou do benjamin que se situava ao lado da banca de café da dona Maria, ali quase à entrada da agência do Basa?

Posteriormente, uma mangueira situada próximo ao Posto Português também foi vítima do “serial killer” de árvores de Xapuri. Neste último caso, a vítima definhou, suas folhas caíram, os frutos que ainda brotavam amarelaram doentiamente, mas terminou por resistir bravamente à tentativa de um injustificável crime ambiental.

A prática nefanda e covarde consiste em se perfurar o tronco da árvore com uma broca grossa o bastante para permitir que ali seja injetado o veneno.

O que - e quem - estaria por trás desses atos bestiais talvez encomendados por algum interesse escuso? A pergunta apenas será respondida depois que nossos órgãos ambientais resolverem investigar, identificar e denunciar os criminosos ao Ministério Público do Meio Ambiente.

O secretário municipal de Meio Ambiente e Turismo, Idalino Pedrosa Júnior, informou que um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia Geral de Polícia de Xapuri e que o fato foi informado também ao Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC). Ainda segundo ele, a mangueira passou por um “tratamento”, que consistiu na limpeza da área afetada pelo veneno e na vedação dos três furos feitos no tronco da árvore.

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