quarta-feira, 25 de março de 2015

POLO JEQUIÁ BLOQUEIA RAMAL PARA CAMINHÕES

Moradores protestaram na manhã desta terça-feira, 24, contra o tráfego de caçambas que transportam areia e danificam único acesso à comunidade.

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Moradores do Polo Hortifrutigranjeiro União, mais conhecido como Polo Jequiá, realizaram na manhã desta terça-feira, 24, uma manifestação contra o tráfego de caminhões-caçamba que transportam areia para construções retirada de uma das propriedades existente no local deixando em péssimas condições o ramal que dá acesso à comunidade onde vivem e trabalham 35 famílias.

Entre os manifestantes, várias crianças reivindicavam o direito de chegar limpas à escola e alertavam para o perigo que os veículos pesados oferecem em uma via estreita e sem nenhum tipo de sinalização. Um representante da Associação de Produtores do Polo Jequiá, Reginaldo da Silva de Souza, o Tucano, diz que os caminhões estão destruindo o único acesso entre o polo e a cidade.

“Nosso ramal está ficando completamente danificado pelo peso dos caminhões. Então nos reunimos com a comunidade e resolvemos fazer essa manifestação para chamar a atenção do poder público com o objetivo de chegarmos a um acordo que contemple também o nosso direito. Por isso estamos aqui com mulheres e também as crianças que usam esse ramal para poderem chegar à escola”, afirmou.

Durante o protesto, o ramal foi fechado à passagem dos caminhões. Informado da manifestação, o prefeito Marcinho Miranda enviou ao local o secretário municipal de Obras, Francisco Ferreira da Silva, o Neném Borges. O assessor afirmou que o proprietário da draga em funcionamento no Polo Jequiá possui todas as licenças para a extração de areia, mas considerou justos os apelos da comunidade.

“Tenho a informação de que não há nada de errado com a extração da areia quanto as autorizações para a atividade, mas com relação ao tráfego dos caminhões-caçamba entendemos que os moradores não podem ser prejudicados e nem mesmo a prefeitura pode ter o prejuízo de ver danificada uma obra de recuperação e piçarramento que foi feita aqui há pouco tempo”, disse o secretário.

A manifestação realizada no Polo Jequiá terminou bem sucedida depois que o secretário Neném Borges negociou um acordo com João Carlos Moreira, proprietário da draga e de um dos caminhões que trafegavam no ramal, e os moradores. Ficou acertado entre as partes que até o fim do período chuvoso não haverá tráfego de caminhões-caçamba transportando areia no ramal.

Ainda como parte do acordo, com a chegada da estiagem a prefeitura vai realizar uma nova recuperação do ramal, a partir de quando o tráfego dos veículos voltará a ser feito com o fim de transporte de areia. A precariedade do ramal do Polo Jequiá, no entanto, tem outra razão além do vai e vem dos pesados caminhões. De acordo com a associação, 95% da área foi inundada pela enchente do Rio Acre.

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Moradores do Polo Jequiá não aceitam destruição de ramal por caminhões-caçamba que transportam areia para lojas de material de construção.

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