quarta-feira, 8 de abril de 2015

ASSASSINATO DE ESTUDANTE E DELEGADO EM XAPURI

Justiça realiza audiências de instrução referentes aos crimes de homicídio praticados por Elivan Verus da Silva contra a estudante Janaína Nunes e o delegado Antônio Carlos Marques Mello, o Carioca.

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O juiz da comarca de Xapuri, Luís Gustavo Alcalde Pinto, está presidindo, nesta quarta-feira, 8, as audiências de instrução relativas aos assassinatos da estudante Janaína Maria Nunes da Costa, 15 anos, e do delegado de polícia Antônio Carlos Marques Mello, o Carioca, 32, mortos por Elivan Verus da Silva, em um dos casos policiais de maior repercussão dos últimos anos no estado do Acre.

O acusado foi denunciado pelo Ministério Público pela prática de homicídio qualificado, por motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas, e ainda pela tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe, da mãe da menor, Nágila Maria Nunes de Souza, e do sequestro de Maria de Fátima de Abreu Sarkis, além de porte ilegal de arma de fogo.

Os crimes contra a jovem e sua mãe ocorreram no dia 26 de novembro do ano passado, tendo a garota falecido na mesma data. O atentado contra o delegado, aconteceu no dia 14 de dezembro, durante uma operação policial que tentava prender o acusado. Carioca, que levou um tiro no abdômen durante ação, morreu em Rio Branco no dia 9 de janeiro deste ano.

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No dia 26 de novembro de 2014, durante uma discussão com a mãe de Janaína, Elivan assassinou a garota a golpes de faca, depois que a adolescente tentou defender a mãe, Nágila Maria, de agressões físicas desferidas pelo acusado. Após cometer o crime, Elivan fugiu da cidade, na tentativa de evitar a prisão, tendo permanecido nas cercanias da cidade por vários dias.

Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 14 de dezembro do ano passado, após adquirir uma espingarda na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, o acusado retornou a Xapuri e sequestrou Maria de Fátima em uma propriedade rural do município.

Após serem informados do sequestro, o delegado Antônio Carlos e o agente Eurico Feitosa saíram em diligência para efetuar a prisão de Elivan. No entanto, ao ser abordado, o acusado desferiu disparos de espingarda contra o delegado e, em seguida, se evadiu do local. Ele foi preso no dia 16 de dezembro de 2014, sendo que o delegado faleceu 25 dias depois do crime.

No caso da morte do delegado, o acusado foi denunciado pela prática de homicídio qualificado, por sua realização para assegurar a impunidade pelo crime anterior, visto que ele pretendia continuar a escapar da punição pelo homicídio e pela tentativa de homicídio que havia praticado contra sua enteada Janaína e Nágila, sua ex-companheira. Ele foi denunciado, também, pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e sequestro.

O acusado está sendo defendido pelo advogado dativo Enoque Diniz, enquanto a acusação é sustentada pelo promotor Bernardo Fiterman Albano. São sete testemunhas arroladas por defesa e acusação para cada um dos processos, somando um total de 14 que serão ouvidas até o fim das audiências. Caso seja pronunciado, Elivan poderá ir a julgamento ainda este ano.

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O juiz Luís Gustavo Alcalde Pinto preside as audiências.

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