domingo, 24 de janeiro de 2016

FIM DA REVOLUÇÃO ACREANA

Francisco Antônio Saraiva de Farias
Uma das páginas mais sangrentas
Da história da Revolução
Foi quando o Navio Independência, 
Abarrotado de borracha,
Entravou num correntão,
Esticada pelo exército Boliviano,
Duma margem à outra do Rio Acre,
Na passagem de Puerto Alonso.
Mas os bolivianos não sabiam
Com quem estavam mexendo,
Longe de imaginar que no casco daquele navio
Não tinha apenas borracha.
Existia também valentia
De onze soldados brasileiros,
Nordestinos que o destino,
Uniu para conquistar o Acre para o Brasil.
Eles sabiam que iriam morrer,
Mas aceitaram a missão.
O sonho de liberdade
Embalou a inigualável coragem
Daquele punhado de bravos.
Um a um foi descendo ao rio
Com uma lima nos dentes,
Mas na curta trajetória,
Foram crivados de balas,
Por uma artilharia pesada.
O sangue tingiu as águas da nossa banheira-mãe.
Todos eles morreram em missão, mas antes limaram a corrente,
Com bravura e ousadia insistentes,
Dando passagem ao navio
E à nossa independência.
É por isso que a linda estrela
Ostentada na nossa Bandeira
É vermelha, tinta no sangue de Heróis.
Francisco Antônio Saraiva de Farias é acreano.

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